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Estudos farmacológicos do extrato da esponja marinha Geodia corticostylifera (Porifera, Demospongiae)

Marisa Rangel José Carlos de Freitas

1999

Localização: IB - Instituto de Biociências    (M-883 ) e outros locais(Acessar)

  • Título:
    Estudos farmacológicos do extrato da esponja marinha Geodia corticostylifera (Porifera, Demospongiae)
  • Autor: Marisa Rangel
  • José Carlos de Freitas
  • Assuntos: FISIOLOGIA
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
    Dissertação (Mestrado) apresentada ao Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, para obtenção do título de Mestre em Ciências, na área de Fisiologia
  • Descrição: As esponjas marinhas constituem uma rica fonte de compostos bioativos, alguns deles precursores de ferramentas farmacológicas e de substâncias potencialmente úteis para o desenvolvimento de novos medicamentos. A esponja Geodia corticostylifera pertence à classe Demospongiae e ocorre na costa sudeste brasileira e na Venezuela. A sua coloração alaranjada viva, a ausência de epibiontes verdadeiros e, aparentemente, de predadores conhecidos e de outras espécies de esponjas próximas, indicaram a presença de possível defesa química nesta espécie. Estudos prévios demonstraram a ocorrência de atividades antibacteriana e antifúngica nos extratos desta esponja. O objetivo deste trabalho foi o de estudar as ações farmacológicas do extrato de G. corticostylifera através de ensaios de toxidade aguda em camundongos, hemolíticos em eritrócitos de mamífero e de anfíbio, neurotóxicos em nervo sensorial de crustáceo e junção neuromuscular de camundongo; os seus efeitos na condutância de bicamadas lipídicas planas; e iniciar o isolamento do(s) composto(s) responsável(is) por tais atividades de procedimentos químicos de fracionamento. Nos experimentos de toxicidade aguda, o extrato de G. corticostylifera causou a letalidade em camundongos em baixas concentrações quando injetado intraperitonelmente, através de parada respiratória. Foi observada uma forte ação hemolítica deste extrato em eritrócitos de camundongo, e a pré-incubação com fosfolipídeos (esfingomielina, fosfatidilcolina e
    colesterol) mostrou que a hemolisina do extrato liga-se inespecificamente a qualquer dos lipídeos da membrana do eritrócito. O extrato produziu vazamento de hemoglobina nos eritrócitos de sapo, alterando a sua forma e tornando as células transparentes, deixando a membrana celular aparentemente íntegra. Em testes de atividade neurotóxica em nervo amielínico de crustáceo, o extrato inibiu a condução de potenciais de ação pelo nervo, sem causar alteração ) na sua duração, e provocou despolarização da membrana. Na preparação de junção neuromuscular de camundongo, o extrato bloqueou as contrações do músculo diafragma evocadas por estimulação direta (no músculo) e indireta (no nervo frênico). O extrato de G. corticostylifera induziu a formação de canais em bicamadas lipídicas planas de azolecitina, os quais apresentam diferentes níveis de condutância. Através destes resultados podemos concluir que as ações farmacológicas do extrato da esponja marinha G. corticostylifera devem-se à formação de canais iônicos, criando vias de descontinuidade na membrana celular, capazes de provocar o extravazamento da hemoglobina dos eritrócitos, e despolarização da membrana dos nervos e músculos, que induziu o bloqueio das contrações do diafragma, matando os camundongos por parada respiratória. Nas duas técnicas de fracionamento do extrato empregadas: cromatografia em coluna de fase-reversa, seguida de cromatografia em coluna sílica-gel, foram obtidas várias frações com
    atividades hemolítica e neurotóxica (simultaneamente), mostrando que provavelmente a(s) mesma(s) substância(s) seria(m) responsável(is) pelas ações farmacológicas do extrato e de suas frações
  • Data de criação/publicação: 1999
  • Formato: 98 p.
  • Idioma: Português

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