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Repercussões da pandemia no vínculo mãe-filho e no aleitamento materno durante o primeiro semestre de vida

Aguiar, Barbara Portela Diniz

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina 2023-08-01

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Repercussões da pandemia no vínculo mãe-filho e no aleitamento materno durante o primeiro semestre de vida
  • Autor: Aguiar, Barbara Portela Diniz
  • Orientador: Ferrer, Ana Paula Scoleze
  • Assuntos: Aleitamento Materno; Saúde Materno-Infantil; Pandemia; Desenvolvimento Infantil; Depressão Pós-Parto; Vínculo; Depression Postpartum; Child Development; Maternal And Child Health; Breast Feeding; Pandemics; Bonding
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: A pandemia pelo SARS-CoV2, particularmente a fase pré-vacinação, foi um período com grandes repercussões sobre as condições de vida, de saúde e de assistência materno-infantil, podendo ter impactado as práticas de aleitamento materno, assim com o estabelecimento do vínculo entre as mães e seus filhos. Tais mudanças podem comprometer o nurturing care, com consequências sobre o desenvolvimento infantil. O presente estudo tem como objetivo caracterizar a prática do aleitamento materno e o estabelecimento do vínculo mãe-filho durante o primeiro semestre de vida de crianças nascidas durante a pandemia pelo SARS-CoV2 e identificar os fatores que influenciaram esses resultados. Trata-se de um estudo observacional, de abordagem quantitativa, que acompanhou 127 díades de mães-filhos nascidos no Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (HU-USP), no período de 07 de fevereiro de 2021 a 01 de junho de 2021. As díades foram acompanhadas durante os primeiros 6 meses de vida. Os dados foram coletados inicialmente no alojamento conjunto, nas primeiras 72 horas pós-parto e, posteriormente, por contato telefônico e/ou via aplicativo de mensagens. Foram utilizados um questionário semi-estruturado; a Escala de Depressão Pós-Natal de Edimburgo (EPDS), entre 21 e 45 dias de vida e o Postpartum Bonding Questionnaire (PBQ), em 2 momentos 1º e 6º mês de vida. Para as análises de associação entre as variáveis independentes e os desfechos, foram utilizadas técnicas não paramétricas: o teste exato de Fischer para as variáveis categóricas e o teste de correlação de Tau-b de Kendall para as variáveis contínuas e para avaliar a correlação entre o tempo de aleitamento materno e o vínculo. Foram considerados significativos os valores de p<0,05 em ambos os testes. A idade materna variou de 18 a 43 anos, sendo que 70,9% com gestações não planejadas e 78,8% das puérperas refeririam não ter recebido orientações sobre aleitamento materno durante o pré-natal A pontuação na EPDS variou de 0 a 26 e 29,2% das puérperas foram classificadas como tendo provável depressão puerperal. A maioria (82,7%) dos recém-nascidos não apresentou intercorrências perinatais, com baixa taxa de prematuridade (3,1%). A taxa de aleitamento materno exclusivo foi de 63,8% no primeiro mês de vida e de 38,6% com 6 meses de idade. O tempo total de aleitamento materno foi maior que 6 meses em 72,4% da amostra. Os fatores que estiveram associados ao tempo total de aleitamento materno foram: o uso de chupeta (p = 0,019), a dificuldade para mamar no primeiro mês de vida (p = 0,015), a introdução de fórmula ou outros líquidos (chá / água) no primeiro mês de vida (p < 0,001), a idade de introdução de fórmula e de alimentação complementar (p < 0,001 e p = 0,011, respectivamente). O vínculo mãe-filho foi considerado como alterado em 9,4% das díades no 1º mês de vida e em 7,5% no 6º mês, sendo associado apenas à provável depressão materna (p = 0,040). O tempo de aleitamento materno total apresentou correlação positiva com o vínculo, entretanto, sem diferença estatisticamente significante. Concluiu-se que o tempo total de aleitamento materno foi bom, entretanto, com baixa taxa de aleitamento materno exclusivo no sexto mês de vida, abaixo do preconizado pela Organização Mundial de Saúde, e alto percentual de desmame precoce no primeiro mês de vida. O uso de chupeta, a dificuldade para mamar no primeiro mês de vida, o desmame precoce, a introdução precoce da fórmula e/ou da alimentação complementar foram associados a menor tempo total de aleitamento materno. O vínculo mãe-filho esteve alterado em percentual elevado, associado ao aumento na prevalência de provável depressão puerperal verificada durante a pandemia. Esses resultados alertam para a importância do cuidado materno-infantil e para a necessidade de acompanhar o desenvolvimento da geração nascida durante a pandemia
  • DOI: 10.11606/D.5.2023.tde-13112023-173529
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina
  • Data de criação/publicação: 2023-08-01
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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