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Trabalho e pobreza no Brasil entre narrativas governamentais e experiências individuais

Vieira, Priscila Pereira Faria

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2017-09-19

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Trabalho e pobreza no Brasil entre narrativas governamentais e experiências individuais
  • Autor: Vieira, Priscila Pereira Faria
  • Orientador: Guimaraes, Nadya Araujo
  • Assuntos: Brasil; Pobreza; Políticas Sociais; Trabalho; Brazil; Poverty; Social Policies; Work
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Notas Locais: Versão corrigida
  • Descrição: Como é representado o trabalho dos pobres? Esta tese objetiva compreender as transformações, deslocamentos, tensões e disputas em torno das articulações das categorias trabalho e pobreza, analisando-as sob duas óticas diferentes, mas conectadas, a governamental e a individual. Por isso, a investigação empírica se realizou em dois âmbitos: o do Estado brasileiro que, com suas políticas, classifica alguns de seus cidadãos como pobres, e o dos indivíduos por ele assim classificados. Analisamos as ações governamentais e as formulações institucionais que pautaram as políticas sociais brasileiras nos anos 2000 e 2010, revelando as estratégias e narrativas que sustentaram as ações governamentais voltadas para o problema da inserção dos indivíduos pobres no mundo produtivo. Esse processo foi reconstituído a partir da consulta a materiais institucionais e de entrevistas com agentes governamentais nos níveis federal e municipal. Documentamos que, conforme a conjuntura brasileira se transformava e as políticas sociais se desenvolviam, os discursos governamentais produziam novas formas simbólicas de enlaçar pobreza e trabalho. A temática foi igualmente investigada pela ótica das experiências cotidianas de um grupo de indivíduos e famílias beneficiárias dos programas de superação da pobreza. Com base em uma pesquisa etnográfica em um bairro periférico do município de São Paulo, analisamos as trajetórias de famílias institucionalmente categorizadas como pobres, evidenciando tanto a multiplicidade de arranjos de sobrevivência e garantia de renda e bem-estar, quanto a diversidade de formas nativas de descrevê-las e representá-las. Composição e dinâmica familiar, origem, gênero e geração foram dimensões cruciais de análise. Esta revelou a intensidade com que diferentes significados de trabalho eram construídos, manipulados e disputados no cotidiano dos indivíduos em contextos de pobreza. Observamos que se transformavam as narrativas, as estratégias e as dinâmicas de relações dos pobres com os circuitos estruturantes da sua sobrevivência: os mercados, o Estado, a família e as redes de amizade e vizinhança. Essa trama complexa de atividades que os indivíduos desempenham para ganhar a vida - formais e informais, legais e ilegais, morais e imorais, visíveis e invisíveis -, desafiam tanto os discursos e práticas governamentais, quanto a compreensão da Sociologia do Trabalho.
  • DOI: 10.11606/T.8.2018.tde-06032018-121457
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
  • Data de criação/publicação: 2017-09-19
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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