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Emancipação e educação na filosofia de Rancière: encontros e contradições

Waks, Jonas Tabacof

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Educação 2023-11-29

Acesso online

  • Título:
    Emancipação e educação na filosofia de Rancière: encontros e contradições
  • Autor: Waks, Jonas Tabacof
  • Orientador: Carvalho, José Sergio Fonseca de
  • Assuntos: Educação; Jacques Rancière; Igualdade; Filosofia; Emancipação; Equality; Emancipation; Education; Philosophy
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Há encontros inesperados que mudam para sempre não apenas um ou outro de nossos pensamentos, mas nosso olhar sobre o mundo e nossa ideia do que significa pensar, afirma o filósofo Jacques Rancière. Foi o caso, para ele, de seus encontros com os escritos do professor Joseph Jacotot e do marceneiro Gabriel Gauny, em seu mergulho em arquivos do século XIX, que transformaram sua maneira de conceber a emancipação intelectual e operária. Nesta tese, investigamos a fecundidade das reflexões sobre a emancipação que emergem desses encontros para a discussão em torno dos potenciais emancipatórios dos processos de escolarização. Esta questão, central para a filosofia da educação, ganha novos contornos com a contribuição original de Rancière. Na primeira parte, intitulada Saber, analisamos a provocante fórmula da emancipação intelectual de Jacotot (\"todas as inteligências são iguais\"), a polêmica que ela suscitou em seu tempo e suas implicações políticas e filosóficas para o presente, inclusive para a crítica do colonialismo e do racismo. Investigamos, também, o modo como a retomada de Jacotot por Rancière em O mestre ignorante pode ser vista como o ponto de chegada de seu movimento de ruptura com Althusser, iniciado em maio de 1968, e os efeitos que a obra teve no campo pedagógico, destacando a contradição existente entre a lógica explicadora da pedagogia e a lógica da emancipação intelectual proposta por Jacotot. Na segunda parte, Tempo, discutimos a conquista de tempo livre e a desidentificação de papeis sociais que Gauny e seus camaradas realizaram ao ocupar com literatura e filosofia o tempo supostamente destinado ao descanso, como se lê nas páginas de A noite dos proletários. Estudamos também as críticas que Rancière dirige a Platão e a Bourdieu, vistos como solidários com a \"ordem da cidade\" que mantém cada um em seu \"lugar próprio\". Abordamos, ainda, a noção de forma-escola, concebida no artigo \"Escola, produção, igualdade\" como separação do universo da produção e como oferecimento de tempo livre (skholé), e os sentidos em que a instituição pode ser considerada contraditória. No cruzamento entre essas duas dimensões, do Saber e do Tempo, investigamos a possibilidade de irrupção de cenas de emancipação escolar, que se apresentam como formas dissensuais de verificação em ato da igualdade dos seres falantes, como suspensões da ordem normal do tempo e como gestos de desidentificação em relação aos modos de existência considerados próprios a cada um na partilha do sensível. Nas considerações finais, propomos uma reflexão sobre a atualidade educacional brasileira, a partir do relato de uma professora e à luz do percurso da tese.
  • DOI: 10.11606/T.48.2023.tde-22022024-090234
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Educação
  • Data de criação/publicação: 2023-11-29
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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