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New World animals depicted in the “Noah’s Ark on Mount Ararat” by Simon de Myle (1570): a study of iconographic sources; Os animais do novo mundo figurados na “Arca de Noé sobre o Monte Ararat” de Simon de Myle (1570): um estudo das fontes iconográficas

Teixeira, Dante Martins

Arquivos de Zoologia; v. 53 n. 2 (2022); 11-31

Universidade de São Paulo (USP), Museu de Zoologia (MZUSP). 2022-06-01

Acesso online

  • Título:
    New World animals depicted in the “Noah’s Ark on Mount Ararat” by Simon de Myle (1570): a study of iconographic sources; Os animais do novo mundo figurados na “Arca de Noé sobre o Monte Ararat” de Simon de Myle (1570): um estudo das fontes iconográficas
  • Autor: Teixeira, Dante Martins
  • Assuntos: Simon De Myle; Arca De Noé; Pintura; Século Xvii; Animais Nas Artes; América; História Da Zoogeografia; Amerigo Vespucci; Joseph De Acosta; Athanasius Kircher; Simon De Myle; Noah’s Ark; Painting; 17th Century; Animals In Art; America; History Of Zoogeography
  • É parte de: Arquivos de Zoologia; v. 53 n. 2 (2022); 11-31
  • Descrição: Ativo no terceiro quartel do século XVI, Simon de Myle constitui um verdadeiro enigma, pois sua vida e carreira permanecem totalmente desconhecidas até os dias de hoje. A “Arca de Noé sobre o Monte Ararat” é seu único quadro assinado e datado ("Simone de Myle inventor et fecit 1570"), figurando o desembarque dos animais após o dilúvio. Levando em conta mesmo as representações demasiado precárias, essa composição inclui nada menos de 228 monstros, voláteis e quadrúpedes, isso sem considerar as carcaças e as espécies aquáticas deixadas para trás com o recuo das águas. Entre as fontes iconográficas utilizadas destacam-se vários tomos da “Historia Animalium” de Conrad Gesner, além da “Warachtighe Fabulen der Dieren” de Marcus Gheeraerts. Ao contrário de outras pinturas quinhentistas acerca do mesmo tema, essa “Arca de Noé” retrata um número inesperado de animais do Novo Mundo, elenco composto por dois mamíferos, pelo menos três aves e dois “seres prodígiosos”. Nesse particular, o quadro de Simon de Myle inadvertidamente evoca as dúvidas sobre a verossimilhança da passagem bíblica relativa à Arca de Noé, reflexo da descoberta de um número cada vez maior de espécies zoológicas em terras distantes. Colocada já em 1502 por Amerigo Vespucci, essa questão atravessaria os séculos XVI e XVII, levando autores como Joseph de Acosta (1590) e Athanasius Kircher (1675) a buscar uma improvável conciliação entre a realidade factual observada no outro lado do oceano e a verdade revelada contida no livro do Gênesis.
    Active in the third quarter of the 16th century, Simon de Myle is really enigmatic, as his life and career remain completely unknown up to day. The “Noah’s Ark on Mount Ararat” is his only painting signed and dated ("Simone de Myle inventor et fecit 1570"), and figures the animals disembark after the deluge. Considering even the very poor representations, this picture encompasses not less than 228 monsters, birds, and quadrupeds, without considering the corpses, and aquatic animals left behind by the water reflux. Noticeable iconographic sources include several books of the “Historia Animalium” by Conrad Gesner, and also the “Warachtighe Fabulen der Dieren” by Marcus Gheeraerts. Unlike other 16th century paintings about the same topic, the “Noah’s Ark on Mount Ararat” represents an unexpected core of New World animals composed by two mammals, two “prodigious beasts”, and at least three birds. Inadvertently, Simon de Myle evokes the doubts that existed at this time about Noah’s Ark not being able to house the multitude of zoological species discovered overseas, particularly in the Americas. Mentioned since 1502 by Amerigo Vespucci, this question would be perpetuated throughout the 16th and 17th centuries, leading authors such as Joseph de Acosta (1590) and Athanasius Kircher (1675) to seek a improbable reconciliation between the factual reality observed on the other side of the ocean and the revealed truth exposed in the book of Genesis.
  • Títulos relacionados: https://www.revistas.usp.br/azmz/article/view/181709/181929
  • Editor: Universidade de São Paulo (USP), Museu de Zoologia (MZUSP).
  • Data de criação/publicação: 2022-06-01
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português
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