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O que há de novo no debate da "qualificação do trabalho" reflexões sobre o conceito com base nas obras de Georges Friedmann e Pierre Naville

Gisela Lobo Baptista Pereira Tartuce Francisco de Oliveira 1933-

2002

Localização: FFLCH - Fac. Fil. Let. e Ciências Humanas    (Disponível apenas online )(Acessar)

  • Título:
    O que há de novo no debate da "qualificação do trabalho" reflexões sobre o conceito com base nas obras de Georges Friedmann e Pierre Naville
  • Autor: Gisela Lobo Baptista Pereira Tartuce
  • Francisco de Oliveira 1933-
  • Assuntos: Friedmann, Georges 1902-; Naville, Pierre; TRABALHO
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Esta dissertação visa compreender o conceito de "qualificação do trabalho" tendo por base a obra de dois sociólogos franceses, Georges Friedmann e Pierre Naville, sociólogos que primeiro analisaram essa questão no século XX. Se a qualificação tem sido estudada desde a década 40, quando predominava a "organização taylorista/fordista" do trabalho, ela adquiriu novo contorno e destaque a partir dos anos 80, em virtude das transformações tecnológicas, econômicas, políticas e culturais que atingiram o mundo do trabalho. A passagem de um "modelo de produção rígida" para um "novo paradigma de produção", assentado na "especialização flexível", tem demandado dos trabalhadores não apenas conhecimentos objetivos, formais e explícitos, mas também amplas habilidades cognitivas e comportamentais, tais como iniciativa, criatividade, cooperação, liderança, etc., para enfrentar os imprevistos da produção. Em uma palavra, as referidas mudanças estariam colocando em xeque o trabalhador especializado e exigindo um trabalhador polivalente. A partir daí, abriu-se um debate na sociologia: essas inovações seriam sinônimo de um trabalho caracterizado não mais pela dicotomia "concepção 'versus' execução", mas sim por uma divisão menos acentuada, na qual prevaleceria uma maior/nova qualificação dos indivíduos? Se, porém, a qualificação tem ganho destaque, ela tem sido simultaneamente questionada pela noção de competência(s), que supostamente daria conta dessas características
    subjetivas hoje valorizadas e requeridas pelas empresas. Nesse sentido, torna-se relevante perguntar qual a pertinência da continuidade do uso social e científico do próprio conceito de qualificação: a ) passagem de um paradigma produtivo a outro requer, necessariamente, a transformação das próprias palavras? Se assim o for, a qualificação pode ser substituída, sem mais, pela competência? Apesar das novidades contidas nas transformações descritas, várias das questões hoje enfatizadas no debate da qualificação já estavam presentes na reflexão de Friedmann e Naville, autores que não apenas fundaram a sociologia do trabalho na França, como também foram os precursores, respectivamente, das chamadas visões "substancialista" e "relativista" da qualificação. Dessa maneira, esta pesquisa busca analisar o fenômeno da qualificação do trabalho do ponto de vista teórico, a fim de saber se e em que medida as reflexões de um ou de ambos os autores podem contribuir para se pensar o conceito atualmente
  • Data de criação/publicação: 2002
  • Formato: 221 p.
  • Idioma: Português

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