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Assistência de enfermagem à mulher no ciclo gravídico-puerperal: a realidade de Araraquara/SP

Cagnin, Elaise Regina Gonçalves

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto 2008-10-07

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Assistência de enfermagem à mulher no ciclo gravídico-puerperal: a realidade de Araraquara/SP
  • Autor: Cagnin, Elaise Regina Gonçalves
  • Orientador: Mamede, Fabiana Villela
  • Assuntos: Atenção Qualificada; Competência Profissional; Enfermagem Obstétrica; Parto; Childbirth; Obstetric Nursery; Professional Competence; Qualified Attention
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: A atenção ao pré-natal e ao parto por pessoal qualificado é fundamental para a redução da mortalidade materna e neonatal. A Confederação Internacional de Parteiras (ICM) preconiza quais os conhecimentos e as habilidades que o profissional qualificado deve possuir para proporcionar à mulher uma atenção de qualidade, em todas as fases do ciclo reprodutivo. Este estudo buscou conhecer a realidade do atendimento realizado pelo profissional de enfermagem na atenção ao pré-natal e ao parto, no município de Araraquara/SP. Objetivos: Caracterizar os profissionais de enfermagem que atuam na atenção ao pré-natal e ao parto e analisar as competências essenciais desenvolvidas por eles nesta prática. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa cujos dados foram coletados através da entrevista estruturada com os profissionais de enfermagem e da observação sistemática não participativa das competências essenciais em obstetrícia. A população estudada foi composta por 42 profissionais de enfermagem, sendo 32 atuantes na atenção ao pré-natal e 10 na atenção ao parto. Foram observadas na atenção ao pré-natal 44 recepções na unidade, 28 pré-consultas e 44 pós-consultas, além de 44 gestantes em sala de espera e 44 gestantes em sala de consulta médica. Na atenção ao parto foram observados 15 avaliações obstétricas admissionais, 18 trabalhos de parto, 11 partos vaginais, 9 pós-partos imediatos e 11 recepções neonatais. Resultados: Na atenção ao prénatal, o perfil dos profissionais revela uma equipe feminina (96,9%), maior que 41 anos (65,6%), convivendo em relação conjugal estável (50%), tendo experiência de ter tido filhos (68,7%), com cor da pele declarada branca (71,9%) e tempo de atuação na área de saúde maior de 10 anos (59,4%) e menos de 10 anos de formação profissional no maior nível de qualificação (62,5%). A carga horária média de trabalho foi de 39,4 horas semanais, 85% atuam em apenas um emprego, a média de salários dos profissionais de nível médio da Unidade Básica de Saúde (UBS) corresponde a 43,9% da remuneração média das enfermeiras, enquanto o Programa de Saúde da Família (PSF) corresponde a 58,5%; 66,7% das enfermeiras possuem pós-graduação lato sensu na área de saúde pública; não encontramos enfermeira especialista em obstetrícia. Quanto às competências essenciais, as enfermeiras não realizam o acompanhamento de pré-natal na UBS e no PSF tal prática ocorre eventualmente. O atendimento é centrado na figura do médico, há discreta participação das enfermeiras e as habilidades essenciais em obstetrícia, preconizadas pela ICM, deixaram de ser desenvolvidas. Na atenção ao parto, o perfil dos profissionais revela uma equipe feminina (100%), com idade média de 36,6 anos, convivendo com relação conjugal estável (60%), tendo experiência de ter tido filhos (70%) e com cor da pele declarada branca (70%). A carga horária média de trabalho foi de 46,8 semanal, 80% das enfermeiras trabalham em dois empregos e a média de salários dos profissionais de nível médio corresponde a 39,3% da remuneração média das enfermeiras. Todas as enfermeiras são especialistas em obstetrícia e 80% têm de 1 a 4 anos de formação após a especialização. O tempo médio de experiência na atenção ao parto das enfermeiras foi de 14 anos e 6 meses e dos profissionais de nível médio de 3 anos e 1 mês. Quanto às competências essenciais, compete à enfermeira obstetra a avaliação obstétrica admissional, o acompanhamento ao trabalho de parto e a realização do parto. Muitas das habilidades essenciais em obstetrícia, preconizadas pela ICM, deixaram de ser desenvolvidas ou o foram de maneira incompleta. Conclusões: Na atenção ao pré-natal há carência de pessoal qualificado, enquanto o modelo de atenção ao parto prioriza a qualificação profissional. Muitas das competências essenciais na atenção ao pré-natal e ao parto, preconizadas pela ICM, não estão sendo desempenhadas ou quando realizadas, ocorrem de maneira incompleta. O estudo revela a necessidade de reorganização da assistência ao pré-natal e ao parto para a redução da mortalidade materna e neonatal e da incidência de parto cesárea desnecessário no município.
  • DOI: 10.11606/D.22.2008.tde-06032009-085135
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto
  • Data de criação/publicação: 2008-10-07
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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