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Geografia histórica, discursos espaciais e construção territorial em Santa Catarina

Martinello, André Souza

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2015-12-15

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Geografia histórica, discursos espaciais e construção territorial em Santa Catarina
  • Autor: Martinello, André Souza
  • Orientador: Sousa Neto, Manoel Fernandes de
  • Assuntos: Discurso Espacial; Santa Catarina; Território Catarinense; Integração; Geografia Histórica; Integration; Historical Geography; Santa Catarina Territory; Space Speech
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Notas Locais: Versão corrigida
  • Descrição: A presente pesquisa busca mapear alguns momentos relevantes, circunstâncias e situações marcantes na constituição histórica de um espaço catarinense e suas territorializações. Passando pelo período colonial: quando rota de viajantes no circuito marítimo a elegem como um ponto de parada e em seguida, pela criação da capitania subalterna (1738) da Ilha de Santa Catarina toponímia que nomeia posteriormente todo o Estado e pela complexidade da anexação do Planalto (1820). Defende uma ideia, a tese de como a localização da capital e sua sede administrativa é resultado de arranjos do período colonial, sendo herança que resistiu ao tempo (mais do que a conjuntura que a tornou lócus de poder) e permaneceu às mudanças. A sede da escolha da capital refletindo resultado e decisão de uma territorialidade militar. Já no final do século XIX, nos primeiros anos da República, discutia-se a Questão Missões e, na presente pesquisa, as relações do território brasileiro nesse período são problematizadas no segundo capítulo, quando é discutido as repercussões do fim do litígio (1895) na fronteira Oeste catarinense. Trata-se também dos usos sociais dessa querela e das representações do espaço: seja para usos e conquistas individuais, seja pelo movimento republicano, desejando encontrar símbolos que se opusessem a monarquia (do segundo império), validando a tese do Brasil na acepção espacializante. Presente também na construção de Santa Catarina, a ideia do espaço, antes da sociedade, como gerador de agregação ou indutor de coesão. Essa pesquisa discute um País em que heróis territoriais são colocados em (ou ocupam) posições relevantes na representação da nacionalidade, costumando atribuir-lhes poderes, por resguardarem áreas e manterem ou expandirem fundos territoriais. Casos como Barão do Rio Branco, Barão de Capanema, Emil Odebrecht, e num caso paradigmático, governante catarinense representando-se como um bandeirante na Viagem (em 1929) aos sertões de Santa Catarina. Através da análise de espaços e poder, essa investigação defende como a construção territorial catarinense é influenciada por dinâmica colonial, seja pela junção complexa de circuitos e unidades separadas do litoral e planalto com anexação de Lages (1820), seja como relação maior no contexto de disputas Ibero-Americanas. Um interior lentamente integrado reflete, por exemplo, quando em 1943 a União encampa uma área desanexando o extremo Oeste e até 1946, permanece submetido à governança federal, no Território do Iguaçu. Essa área que cobre tal Território, havia passado pelo litígio com Argentina; tendo sido também contestado entre o Paraná e Santa Catarina, e para a qual um governante leva instituições estaduais catarinenses; é desmembrado por ser considerado em abandono. É atribuída à área, quando da criação do Território Federal do Iguaçu, a necessidade de maior e mais rápida integração ao Brasil (pois faz divisa com país estrangeiro). Embora se dizia da urgência da integração, três anos após é reincorporada aos seus estados de origem, Paraná e Santa Catarina. Enfim, a presente tese trata de discursos, concepções e construções (do espaço catarinense) em que se atribuiu a necessidade de integrar o território, apropriá-lo, para inventá-lo e fazer existir abrangência de uma comunidade catarinense, num espaço entendido como (de) Santa Catarina.
  • DOI: 10.11606/T.8.2016.tde-08042016-124409
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
  • Data de criação/publicação: 2015-12-15
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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