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Estrutura do capítulo e suas implicações na reprodução de Lucilia lycopodioides (Less.) Freire (Asteraceae, Asteroideae)

Liana Carneiro Capucho Simone de Pádua Teixeira

2008

Localização: FFCLRP - Fac. Fil. Ciên. Let. de R. Preto    (Capucho, Liana Carneiro )(Acessar)

  • Título:
    Estrutura do capítulo e suas implicações na reprodução de Lucilia lycopodioides (Less.) Freire (Asteraceae, Asteroideae)
  • Autor: Liana Carneiro Capucho
  • Simone de Pádua Teixeira
  • Assuntos: COMPOSITAE; ANATOMIA VEGETAL; PROPAGAÇÃO VEGETAL; BIOLOGIA
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Representantes de Lucilia lycopodioides (Less.) Freire (Asteraceae) apresentam rizóforos (unidades de propagação vegetativa) e sementes com baixas taxas de germinação. Esse fenômeno parece estar associado e é comumente encontrado em espécies de Cerrado. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a estrutura do capítulo e suas implicações na reprodução de L. lycopodioides. Tipo, número, distribuição e funcionalidade de flores foram avaliados em 117 capítulos, 25 plantas e 1818 flores de três populações: Distrito de Rubião Júnior (Botucatu-SP), Parque Nacional da Serra da Canastra (São Roque de Minas-MG), e Parque Estadual do Itacolomi (Ouro Preto-MG). Capítulos homogâmicos (com um único tipo de flor - perfeitas ou pistiladas) com 2 a 24 flores e capítulos heterogâmicos (com flores perfeitas e pistiladas) com 10 a 29 flores foram encontrados. A estrutura do capítulo de L. lycopodioides indica a existência de várias estratégias reprodutivas que evitam a autopolinização: (1) separações temporal (dicogamia) de estigma e antera, (2) polimorfismo do estigma (tipos de células na superfície receptiva) e do estilete (morfos posicionando o estigma acima, ao nível e abaixo da abertura da carola), e (3) polimorfismo sexual (flores perfeitas e pistiladas) e ginodioicia. A altura do estigma não apresentou reciprocidade inversa à altura das anteras e nem variação morfológica nas células dos estigmas entre os três morfos, descartando a ocorrência de heterostilia na
    espécie. A heterogamia em Asteraceae é considerada polimorfismo sexual, resultado de especializações nos capítulos, nas flores e seus órgãos, dando origem a estruturas 'modificadas' relacionadas ao dimorfismo sexual. Ginodioicia, em que flores perfeitas e pistiladas coexistem, foi observada em todas as populações: capitulas com flores perfeitas apresentando esterilidade masculina ocorreram em dois indivíduos de Botucatu; e capítulos com flores pistiladas ocorreram em um individuo de São Roque de Minas e em três indivíduos de Ouro Preto. Repressão da função masculina também foi identificada pela baixa razão antera-óvulo: 1,5: 1 em Botucatu; 3,5: 1 em São Roque de Minas; e 2,3: 1 em Ouro Preto, considerando que os números de anteras e óvulos em Lucilia são geralmente cinco e um por flor, respectivamente. Embora a ginodioicia seja um mecanismo que certamente está relacionado à promoção da xenogamia e apesar da ocorrência das estratégias reprodutivas que evitam a autopolinização, muitas anormalidades foram observadas em capítulos de L. lycopodioides, citadas a seguir: grãos de pólen parcialmente desenvolvidos e inviáveis; anteras completamente estéreis; flores hermafroditas com número de estames abaixo ou acima do que é encontrado usualmente em Lucilia (cinco); e algumas flores estaminadas encontradas em três indivíduos da população de São Roque de Minas. Essas anormalidades e a distribuição das plantas em touceiras,
    formando pequenas e raras manchas em campos de Cerrado, sugerem que cruzamentos podem estar ocorrendo entre clones, provavelmente originados de propagação vegetativa. Possivelmente, as populações de L. lycopodioides estudadas estão sob efeitos de depressão endogâmica, porém estudos de caracterização genética devem ser feitos para comprovação
  • Data de criação/publicação: 2008
  • Formato: 50 p.
  • Idioma: Português

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