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Lábios para assoviar: memória, política e a questão palestina

Galvão, Nina Fernandes Cunha

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2019-09-12

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Lábios para assoviar: memória, política e a questão palestina
  • Autor: Galvão, Nina Fernandes Cunha
  • Orientador: Iokoi, Zilda Marcia Gricoli
  • Assuntos: Mundo Comum; Nakba; Questão Palestina; Memória; Política; Politics; Memory; Common World; The Question Of Palestine
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: A questão palestina é um impasse político contemporâneo que costuma ser abordado a partir de análises que privilegiam discussões acerca da situação econômica e geopolítica da região. No entanto, configura também um campo de memórias em disputa no qual o sentido atribuído ao passado se converte em um problema político de primeira grandeza. A memória da Nakba, a expulsão de cerca de 800 mil habitantes da Palestina histórica entre 1947 e 1948, culminando na fundação do Estado de Israel, é objeto de ferrenhas disputas. Por um lado, o Estado põe em vigor políticas de (des)memória que excluem a existência palestina da memória nacional. Por outro, iniciativas lideradas por palestinos cidadãos do Estado, bem como por grupos judeus, buscam reconstruir a memória da Nakba no espaço público israelense e combater o esquecimento programado. A partir do movimento liderado por jovens de Iqrit - vilarejo palestino destruído em 1951 - explora-se a conexão entre o ativismo mnemônico em Israel e a luta palestina por direitos políticos. A Nakba, compreendida como o ponto focal da memória e da identidade nacional palestinas, é também o fundamento de reivindicações políticas centrais como o direito de retorno dos refugiados, deslocados internos e seus descendentes. Parte-se do arcabouço conceitual de Hannah Arendt, o qual estabelece a pluralidade constitutiva do mundo como o fundamento para a existência verdadeiramente política, e depreende-se que a abertura do espaço público-político para a circulação de múltiplas e diversas memórias é condição sine qua non para a construção de um mundo comum. É essa abertura, na qual se engajam os ativistas de Iqrit, que atribui à memória da Nakba em Israel seu sentido eminentemente político, bem como seu significado enquanto elemento simbólico de resistência.
  • DOI: 10.11606/D.8.2019.tde-17112020-131903
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
  • Data de criação/publicação: 2019-09-12
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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