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A origem do homem americano vista a partir da América do Sul: uma ou duas migrações?

Neves, Walter A.; Bernardo, Danilo V.; Okumura, Maria Mercedes M.

Revista de Antropologia; v. 50 n. 1 (2007); 9-44

Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2007-06-01

Acesso online

  • Título:
    A origem do homem americano vista a partir da América do Sul: uma ou duas migrações?
  • Autor: Neves, Walter A.; Bernardo, Danilo V.; Okumura, Maria Mercedes M.
  • Assuntos: Three Migration Model; Two Main Biological Components Model; Native American Dna; Cranial Morphology; First Americans; Modelo Das Três Migrações; Modelo Dos Dois Componentes Biológicos Principais; Variabilidade Do Dna; Morfologia Craniana; Primeiros Americanos
  • É parte de: Revista de Antropologia; v. 50 n. 1 (2007); 9-44
  • Descrição: Until mid 1990s the prevailing model to explain the early colonization of the Americas rested on the assumption that three different migrations were involved in the process. The first migration would have given rise to most of the modern Native Americans, and is known as "Amerind"; the second migration would have given rise only to the Na-Dene Indians of the northern pacific; while the third would have given rise to the Eskimos and Aleuts. Known as the Three Migrations Model, the model was said to rest on convergent evidences coming from dental morphology, linguistics and the gene pool of living Native Americans. By the time the model was formulated, genetic diversity of living humans was studied by means of gene products, like serum proteins, and not by means of DNA itself. From mid 1990s on, two other models to explain the origin of Native Americans started competing with the Three Migration Model. They are known today as The Two Main Biological Components Model, and The Single Migration Model. The first one rests on the analysis of the cranial morphology of extinct and extant Native Americans along time, while the second has emerged from the study of DNA polymorphisms of living populations, mainly from mitochondrial and Y chromosome DNA sequencing. In other words, evidence coming from cranial morphology and its variation along time sustains that two Northern Asian populations entered the continent: the first one exhibiting a more generalized cranial pattern, and a second one exhibiting a more specialized architecture. On the other hand, the distribution of DNA haplogroups in modern Native American populations is easily explained by the entrance of only one mother population from Northern Asia. In this study we present new evidence that two very distinct cranial morphologies are indeed found among extinct Native Americans along time: a more generalized cranial pattern typifying the first newcomers, known in the literature as Paleoindians (12 to 8 thousand years ago), and a more specialized pattern typifying latter groups, since the Archaic period (
    Até meados da década de 1990, predominava na literatura especializada que o Novo Mundo teria sido colonizado por três levas distintas, todas com origem no nordeste asiático. Na segunda metade da década, dois modelos alternativos começaram a desfrutar de grande popularidade entre a comunidade acadêmica internacional. O primeiro deles, denominado "Modelo dos Dois Componentes Biológicos Principais", baseado na variabilidade craniométrica de populações nativas americanas extintas, sugere que a América teria sido colonizada por pelo menos duas populações morfologicamente distintas vindas do nordeste asiático. O segundo, gerado por pesquisas sobre a variabilidade do DNA mitocondrial e do cromossomo Y de populações indígenas atuais, defende que o continente americano teria sido colonizado por apenas uma migração, também de origem asiática. Alguns especialistas acreditam que a compatibilização desses dois modelos é simples: as duas morfologias que se sucederam no tempo no Novo Mundo são resultado de um processo microevolutivo local, independente daquele que ocorreu, em paralelo, na Ásia. Uma outra maneira de compatibilizar os dois cenários é assumir que morfologia craniana e linhagens de DNA são entidades evolutivamente independentes, com histórias, modos, tempos e tendências próprias. Este trabalho apresenta novas evidências de que dois padrões morfológicos cranianos de fato se sucederam no Novo Mundo. Um relacionado às populações mais antigas (paleoíndias) e um relacionado a populações arcaicas e agrocerâmicas. Esses resultados são analisados à luz da discussão acima caracterizada.
  • Títulos relacionados: https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/27256/29028
  • Editor: Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
  • Data de criação/publicação: 2007-06-01
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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