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大切 – "Amor" no primeiro encontro Portugal/Japão

Mitsutake Ikeda

Instituto de Estudos Filosóficos 2021

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Citações Citado por
  • Título:
    大切 – "Amor" no primeiro encontro Portugal/Japão
  • Autor: Mitsutake Ikeda
  • Assuntos: Amor ; Filosofia ; Japão ; Jesuítas ; Portugal ; Tradução ; 大切
  • Notas: RelationTypeNote: HasVersion -- 10.5281/zenodo.4782529
    Recursos em Linha do Instituto de Estudos Filosóficos [https://www.uc.pt/fluc/uidief/Pub/Recursos]
    RelationTypeNote: HasVersion -- 10.5281/zenodo.4639551
    10.5281/zenodo.4782529
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  • Descrição: #1 da coleção "Filosofia ao Minuto", do Instituto de Estudos Filosóficos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. O texto de Mitsutake Ikeda segue abaixo na íntegra: *** 大切 – "Amor" no primeiro encontro Portugal/Japão Estávamos no século XVI quando mercadores oriundos de Portugal desembarcaram em território japonês. Era a primeira vez que se realizava o encontro entre o Japão e o Ocidente. Pouco tempo após a chegada desses visitantes estrangeiros ao arquipélago, estabeleciam-se relações comerciais entre portugueses e feudos nipónicos. Subsequentemente, para lá foram enviados padres jesuítas, com vista à conversão dos japoneses ao cristianismo. Como forma de estimular uma cultura cristã no Japão, os missionários começaram a pregar às populações locais com recurso ao idioma nativo. Para esse efeito, os Jesuítas deram início à preparação de um dicionário de sinónimos, bem como à tradução da literatura de caráter religioso e educativo para a língua japonesa. A arte e a tecnologia gráficas provenientes da Europa, denominadas Kirishitan-ban (Imprensa Cristã), foram introduzidas no Japão pelos missionários da Companhia de Jesus. Composta por títulos que vêm pela primeiríssima vez à luz na Ásia Oriental, vai sendo editada e reproduzida uma série de livros. Do prelo da Kirishitan-ban, que constitui um recurso verdadeiramente valioso para ambas as culturas, sai um dicionário que inclui expressões coloquiais japonesas transliteradas em alfabeto romano. Trata-se do ‘Vocaburario de Lingoa de Iapam’, compilado e publicado em 1603, contendo mais de 32.000 entradas. Ao invés da busca das palavras correspondentes no léxico japonês, os missionários jesuítas optaram, muitas vezes, pela utilização dos termos portugueses originais, com pequenas diferenças fonéticas. Foi o que aconteceu, por exemplo, com importantes noções como "Deus" e "Próximo”, registadas em transliteração fonética. Todavia, isso não sucedeu no caso de "amor", que foi traduzido por Taixet. Assim, os missionários anunciaram o amor pregando o Taixet. Em 'Dochirina Kirishitan', versão japonesa da 'Doutrina Cristã' do missionário Marcos Jorge, e um dos principais exemplares da Kirishitan-ban, encontra-se a seguinte frase: “Em primeiro lugar, servir a Deus em tudo com Taixet, e em segundo lugar cuidar do próximo (poroshimo) como se cuida de si mesmo, isto é, com Taixet.” Os japoneses já estavam familiarizados com a ideia de "Taixet para com os outros", pois utilizavam os ”Analectos'' de Confúcio como manual para aprender tanto os caracteres Kanji como a ética. Encontramos essa ideia, precisamente, no capítulo de Wei Ling Gong. Zi Gong perguntou, "Haverá um só princípio capaz de nos servir de guia em todos os atos praticados nas nossas vidas?" Confúcio respondeu, "Não será Taixet? Ninguém fará aos outros o que não gosta que lhe façam a si''. *** Pode aceder à página da coleção in https://www.uc.pt/fluc/uidief/Pub/Filosofia_ao_Minuto
  • Editor: Instituto de Estudos Filosóficos
  • Data de criação/publicação: 2021
  • Idioma: Português

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