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A integralidade no ensino da atenção à saúde da criança em cursos de Graduação em Enfermagem

Cursino, Emília Gallindo

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem 2012-03-02

Acesso online

  • Título:
    A integralidade no ensino da atenção à saúde da criança em cursos de Graduação em Enfermagem
  • Autor: Cursino, Emília Gallindo
  • Orientador: Fujimori, Elizabeth
  • Assuntos: Assistência Integral À Saúde; Enfermagem Pediátrica; Enfermagem; Educação Superior; Saúde Da Criança; Comprehensive Health Care; Child Health; Higher Education; Nursing; Pediatric Nursing
  • Descrição: Introdução: A formação do profissional constitui um desafio para a transformação das práticas e melhoria da saúde da população. A integralidade da atenção é um princípio norteador da política de saúde. Cabe, pois, perguntar se o ensino da saúde da criança, no âmbito da graduação, contempla a integralidade na formação dos enfermeiros. Objetivo: Analisar se o ensino da saúde da criança incorpora o princípio da integralidade na formação de enfermeiros. Método: estudo qualitativo com 16 docentes envolvidos com o ensino da saúde da criança, na atenção básica e hospitalar, em oito instituições públicas de graduação em enfermagem, localizadas em quatro estados das regiões sudeste e nordeste do Brasil. A captação dos dados deu-se por meio de consulta aos planos pedagógicos e análise dos planos de ensino e entrevistas semi-estruturadas. As entrevistas gravadas e transcritas foram submetidas à análise de conteúdo do tipo temática. As categorias analíticas tiveram suporte no referencial teórico da integralidade. Resultados: A análise das entrevistas levou à construção de seis categorias. Quatro evidenciaram aproximações do ensino com o princípio da integralidade: a gente trabalha a questão das políticas públicas; atuação na atenção básica, na área hospitalar e em outros contextos de cuidado; referência e contra-referência ainda é uma meta, mas o aluno tem que saber que existe; criança inserida na família e no contexto histórico, social e epidemiológico. E duas referiram-se a distanciamento do ensino com o princípio da integralidade na atenção à saúde da criança: primeiro vem o conteúdo teórico e depois vem a prática; a gente tem que integrar. O ensino da saúde da criança contempla os determinantes da saúde e dos riscos de adoecimento, as ações de promoção e prevenção da saúde e a atenção à criança doente, de forma que nos aspectos concernentes aos conteúdos teóricos, contempla-se princípio da integralidade. Apreendeu-se dos depoimentos que o ensino se insere em campos de prática diversificados que incluem atenção básica, hospitalar, creches e visita domiciliar que permite ao aluno cuidar da criança sadia e doente nos diferentes níveis de complexidade e em diferentes contextos, o que além de aproximá-lo da realidade da criança e sua família, favorece a incorporação do princípio da integralidade. Entretanto, constatou-se que o ensino teórico e o ensino prático são fragmentados e pontuais, praticamente sem integração entre as diversas disciplinas, o que compromete a apreensão da abordagem total no atendimento às necessidades da criança, tão pertinente à integralidade. As docentes se referiram à inserção nas práticas após o ensino teórico, para que o aluno tenha vivências, experiências e assim adquiram habilidades. A idéia de que primeiro o aluno deve dominar a teoria para depois ir para a prática revela que o campo prático é utilizado para comprovação da teoria e não como sua fonte desafiadora. Também a inserção pontual do aluno no campo dificulta sua articulação com o cotidiano dos serviços e com o contexto social, comprometendo-se a incorporação da integralidade na formação dos enfermeiros. Conclusões: Nos cursos estudados, evidenciou-se que o ensino da saúde da criança incorpora o princípio da integralidade na formação dos enfermeiros, nos aspectos concernentes aos conteúdos teóricos. Os planos de ensino têm como base as políticas e programas de atenção à saúde da criança e incluem ações de promoção, prevenção e recuperação em todos os níveis de atenção. Contudo, a análise das entrevistas mostrou um ensino fragmentado, organizado em disciplinas que não se integram e com teoria dissociada da prática que compromete a incorporação do princípio da integralidade na formação dos enfermeiros. Os achados indicam a necessidade de revisão do processo pedagógico utilizado na formação profissional, uma vez que o ensino teórico-prático ainda ocorre de forma fragmentada, pontual e desarticulada da realidade dos serviços. Aponta-se, pois, para a importância da integração entre as disciplinas, inversão da seqüência clássica teoria-prática e articulação entre as instituições de ensino e os serviços de saúde para que o aluno apreenda o cotidiano dos serviços e a realidade local, com vistas à formação de profissionais comprometidos, que em sua prática nos serviços sejam capazes de prestar assistência integral e reconhecer a criança em sua totalidade, integrante de uma família e de uma comunidade, que deve ser atendida no conjunto de suas necessidades.
  • DOI: 10.11606/T.7.2012.tde-19042012-081216
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem
  • Data de criação/publicação: 2012-03-02
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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