Prisão preventiva: direito à razoável duração e necessidade de prazo legal máximo
ABCD PBi


Prisão preventiva: direito à razoável duração e necessidade de prazo legal máximo

  • Autor: Nakaharada, Carlos Eduardo Mitsuo
  • Orientador: Gomes Filho, Antonio Magalhães
  • Assuntos: Prazo (Processo Penal); Prisão Preventiva; Processo Penal; Criminal Procedure; Due Process Of Law; Presumption Of Innocence; Preventive Detention; Reasonable Time
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: O direito à razoável duração do processo, inserido expressamente no ordenamento jurídico brasileiro a partir do advento da Emenda Constitucional 45/2004, já poderia ser inferido desde a incorporação da Convenção Americana de Direitos Humanos, bem como ser considerado um corolário da garantia do devido processo legal. Todo indivíduo tem o direito a um processo sem dilações indevidas, em especial aquele que se encontre submetido a uma prisão preventiva, medida cautelar pessoal de extrema gravosidade. Nesse contexto, exsurge o direito que o indivíduo preso preventivamente tem de que o seu processo seja julgado em um prazo razoável ou de que ele seja desencarcerado, caso preso além da necessidade fática contida no caso concreto. Entretanto, a interpretação da garantia não pode restar somente à livre vontade dos aplicadores do direito, sendo necessária uma regulamentação legal efetiva da duração da prisão preventiva, por meio de prazos concretos nos quais o sujeito deverá ser posto em liberdade, ante a desídia estatal. Incorporando experiências estrangeiras, deve o legislador pátrio adotar marcos temporais legais, em que a prisão preventiva deverá cessar, caso excessivamente prolongada. Muito embora no ano de 2011 tenha sido reformada a tutela das medidas cautelares pessoais no Código de Processo Penal, o legislador ordinário não aprovou a imposição de limites de duração da prisão preventiva, permanecendo ao livre arbítrio das autoridades judiciárias a interpretação da garantia em referência. Assim, o Projeto de Lei do Novo Código de Processo Penal, atualmente em trâmite no Congresso Nacional, ao prever limites máximos de duração da prisão preventiva, dá uma efetiva regulamentação à garantia da duração razoável do imputado preso, devendo ser, espera-se, mantido no eventual texto final aprovado.
  • DOI: 10.11606/D.2.2016.tde-08042016-164648
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Direito
  • Data de criação/publicação: 2015-03-20
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português
 
Disponível na Biblioteca:
  • FD - Fac. Direito (343.1(043) N152p DPC/DPM )