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Avaliação da transmissão de Staphylococcus aureus em unidade de terapia intensiva neonatal

Silva, Camila De Almeida

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina 2023-02-14

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Avaliação da transmissão de Staphylococcus aureus em unidade de terapia intensiva neonatal
  • Autor: Silva, Camila De Almeida
  • Orientador: Costa, Silvia Figueiredo
  • Assuntos: Unidade De Terapia Intensiva Neonatal; Clorexidina; Fatores De Risco; Testes De Sensibilidade Microbiana; Staphylococcus Aureus; Mupirocina; Recém-Nascido; Risk Factors; Newborn; Neonatal Intensive Care Unit; Mupirocin; Microbial Sensitivity Tests; Chlorhexidine
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Introdução: O S. aureus é o segundo agente infeccioso mais prevalente em unidades de terapia intensiva neonatais (UTIN), causando morbidade significativa. Nas UTIN estudadas, tornou-se endêmico, causando surtos esporádicos, a despeito de vigilância e descolonização com clorexidina e mupirocina. Objetivos: Avaliar o impacto de uma nova estratégia de banho com clorexidina para descolonização e mudança na precaução de contato na densidade de infecção por S. aureus. Determinar os fatores associados à colonização por S. aureus, avaliar a eficácia da descolonização, determinar o perfil de sensibilidade à clorexidina e mupirocina e clonalidade dos isolados de S. aureus na UTIN. Metodologia: Este estudo de intervenção quasi-experimental avaliou uma nova rotina de banho com toalha umedecida com clorexidina 2% nos recém-nascidos (RN) colonizados com S. aureus, iniciada em janeiro/2018. Precauções de contato para S. aureus resistente à meticilina (MRSA) foram mantidas até a alta hospitalar. Estas mudanças substituíram o banho com solução líquida de clorexidina 2% e a suspensão da precaução baseada em culturas. A densidade de infecção (DI) por S. aureus foi comparada antes (janeiro/2016 dezembro/2017) e pós-intervenção (janeiro/2018-dezembro/2020). Foi realizado seguimento prospectivo de uma coorte de RN, seus pais e profissionais de saúde (PS) durante o ano de 2018. Para avaliação de fatores de risco, análises bivariadas e multivariadas foram utilizadas. Testes fenotípicos e genotípicos foram realizados para caracterização dos isolados de S.aureus. A presença de genes de virulência e do Staphylococcal Cassette Chromosome mec (SCCmec) foi determinada por PCR multiplex. A Eletroforese em gel de campo pulsado foi utilizada para análise do perfil clonal. A avaliação da sensibilidade à clorexidina foi realizada através de ágar diluição e à mupirocina pelo método de disco difusão. Resultados: A análise de série temporal demonstrou tendência à redução da DI após as novas intervenções realizadas. Durante o seguimento da coorte, 13,2% dos RN apresentaram colonização por S. aureus, 5,12% MRSA e 8% S. aureus sensível à meticilina (MSSA). Os pais foram mais colonizados por MSSA (24,6%) que as mães (10%). Uma mãe (0,34%) e um pai (0,40%) estavam colonizados por MRSA. Dentre os PS, 50% estavam colonizados por MSSA e 6,5% por MRSA. O único fator independente na análise multivariada para colonização dos RN por MRSA foi o uso de nutrição parenteral (OR, 3,5; 95% IC, 1,07-11,39; P < 0,045). Não houve fatores de risco associados para pais e PS. Para as mães, a idade foi relacionada. Nos RN descolonizados, a taxa de sucesso foi de 81,2% para MSSA e 90% para MRSA. A incidência de infecção por MSSA foi superior a MRSA, sendo sepse a mais prevalente. A taxa de infecção por S. aureus nos RN colonizados foi de 15% e 0,9% nos não colonizados. Os dois pais e 82% dos PS foram descolonizados para MRSA com sucesso. Identificamos 16 tipos de Pulsed Field Types (PFT) de MRSA e 67 PFT de MSSA circulando na UTIN. Não houve similaridade entre isolados de MRSA de PS e RN, mas de isolados de pais e RN, que não seus filhos. Entre MSSA, não houve similaridade entre RN e seus pais, mas isolados de PS e RN foram relacionados. Foram identificados clusters distintos entre os RN e PS. Os SCCmec tipo I e V predominaram entre os RN. Dentre os PS, encontramos um SCCmec tipo V e dois SCCmec tipo IVa. O gene de virulência LukDE foi encontrado em 86% dos MRSA. Não houve efeitos colaterais associados a descolonização. Nenhum dos isolados de S. aureus apresentou resistência à mupirocina. Não houve suscetibilidade reduzida à clorexidina entre os MRSA. Dois MSSA isolados de RN apresentaram suscetibilidade reduzida com concentração inibitória mínima (CIM) de 8g/ml e redução de CIM após adição de inibidor de bomba de efluxo (CCCP). Conclusão: Um programa de vigilância e descolonização parece ser importante mesmo em cenários endêmicos. Observamos que a transmissão contínua de S. aureus foi secundária à introdução constante de novas cepas na UTIN e fontes não comuns são focos de persistência na unidade. A formação de clusters entre os RN sugere disseminação através das mãos de PS. A descolonização foi segura e eficaz e, apesar da preocupação com a resistência, encontramos baixa taxa de suscetibilidade reduzida à clorexidina, sem resistência à mupirocina
  • DOI: 10.11606/T.5.2023.tde-26052023-111522
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina
  • Data de criação/publicação: 2023-02-14
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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