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Afetividade e interação social em crianças perspectiva psico-etológica

Vera Silvia Raad Bussab

2003

Localização: IP - Instituto de Psicologia    (T BF721 B981a e.1 )(Acessar)

  • Título:
    Afetividade e interação social em crianças perspectiva psico-etológica
  • Autor: Vera Silvia Raad Bussab
  • Assuntos: COMPORTAMENTO DE APEGO; INTERAÇÃO SOCIAL (COMPORTAMENTO SOCIAL); CRIANÇAS; CULTURA
  • Notas: Tese (Livre Docência)
  • Notas Locais: Psicologia experimental
  • Descrição: Os objetivos deste trabalho foram: organizar algumas questões relacionadas à aplicação da perspectiva etológica ao estudo do desenvolvimento; apresentar uma concepção do ser humano como naturalmente cultural e colocar em foco as características básicas do desenvolvimento; rever a teoria do apego (Bowlby, 1969), em virtude do seu papel central no contexto da aplicação da abordagem etológica à ontogênese humana; descrever e interpretar dados sobre a interação social entre crianças; realizar uma reflexão sobre a aplicação da perspectiva evolutiva no estudo do desenvolvimento humano no ambiente contemporâneo. Em termos metodológicos, foram explorados os níveis de análise gerados pela perspectiva, com especial atenção às noções de causa e função e aos possíveis contrastes entre o ambiente natural e os ambientes contemporâneos. Os estudos do desenvolvimento inicial têm confirmado o enredo sugerido pelas considerações evolutivas. Desde o nascimento apresentamos inclinações para a regulação social, para o referenciamento no outro; para uma intersubjetividade compartilhada e para a formação de ligações afetivas, de tal modo que dizer que nascemos prontos para aprender ainda é muito pouco. A natureza humana parece ter ajustado o indivíduo para se desenvolver em função da rede social e afetiva na qual ele está imerso. Em contrapartida, estas características esboçam os elementos essenciais do nosso ambiente natural: um grupo social e afetivamente organizado à nossa volta.
    Quase cinco décadas de pesquisas se seguiram à formulação da teoria de apego, que salientou as predisposições naturais humanas para a vinculação afetiva. Este conjunto de estudos produziu um amadurecimento conceitual e metodológico que propicia um exame das ligações entre o particular e o universal, entre a natureza e a cultura e entre as dimensões afetivas, emocionais e cognitivas dos processos psicológicos humanos. Estes conhecimentos criam ainda um referencial para o entendimento das práticas contemporâneas de criação, de cuidados e de educação das crianças. A partir destas considerações, foi realizada uma pesquisa sobre aspectos da interação social de crianças de quatro a cinco anos em creche, com o objetivo de revisitar os temas da afetividade, da interação social e do compartilhamento em crianças pequenas, com interesse no ambiente sócio-afetivo de desenvolvimento representado pelas creches e escolinhas e com interesse na rede social e na trama afetiva. Foram observados os padrões gerais de focalização de atenção, de compartilhamentos, de verbalizações e de expressão de emoções, nas brincadeiras e nos comportamentos agonísticos e foram investigadas as redes de amizade através de entrevistas com as crianças. As redes afetivas declaradas pelas crianças apareceram refletidas nas interações observadas. A análise das observações focalizadas mostrou as motivações básicas e refletiu diferenças em função do tipo de inserção da
    criança na rede afetiva do grupo. As verbalizações foram analisadas em termos das suas funções interacionais o que permitiu uma visão geral do panorama das trocas sociais e das vinculações afetivas. A investigação das expressões de emoção, em especial do sorriso e do riso, reiterou a integração dos aspectos emocionais com os afetivos e cognitivos e a sua importância no quadro geral da intersubjetividade e do compartilhamento. Foram constatados efeitos de gênero, de idade, de tempo de experiência na creche, de turma e de outras variáveis ligadas às características individuais, de modo a revelar a complexidade do processo subjacente e uma sensibilidade a indicadores interacionais sutis. À luz dos resultados, foram retomadas as considerações gerais sobre as ligações entre aspectos afetivos, emocionais e cognitivos, com implicações para a compreensão de nossa natureza cultural. Foram apresentadas também reflexões sobre o trânsito entre os níveis de análise causal e funcional e sobre o ambiente de desenvolvimento contemporâneo
  • Data de criação/publicação: 2003
  • Formato: 219 p.
  • Idioma: Português

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