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A felicidade na sociedade contemporânea: contraste entre diferentes perspectivas filosóficas e a modernidade líquida

Sewaybricker, Luciano Esposito

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Psicologia 2012-04-26

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    A felicidade na sociedade contemporânea: contraste entre diferentes perspectivas filosóficas e a modernidade líquida
  • Autor: Sewaybricker, Luciano Esposito
  • Orientador: Malvezzi, Sigmar
  • Assuntos: Felicidade; Modernidade; Organização Do Trabalho; Organização Social; Happiness; Modernity; Social Organization; Work Organization
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Atualmente, mais do em outros períodos, o tema da felicidade se encontra em quase todos os lugares: nos comerciais de televisão, nas estantes de lojas, nos livros de filosofia, nos sorrisos das fotografias. Por ser um tema tão recorrente, falar da felicidade pode parecer banal. As pessoas falam que estão felizes, que são felizes e entendem que buscar a felicidade é um direito, é algo natural do ser humano. Essa importância da felicidade não é exclusividade do homem contemporâneo. Platão já escrevia: Não é verdade que nós, homens, desejamos todos ser felizes? Pascal, muito tempo depois, completava: Todos os homens procuram ser felizes; isso não tem exceção... É esse o motivo de todas as ações de todos os homens, inclusive dos que vão se enforcar.... Pode-se achar que seu significado é claro e inequívoco, entretanto, ao se contrastar diferentes períodos históricos, percebe-se que as especificidades da felicidade e a forma como se deve alcançá-la mudaram em muito. Pretende-se, então, analisar o conceito de felicidade como objeto histórico desafiado pelas mudanças da atual organização social. Por que o tema da felicidade está tão recorrente? Qual o papel que a organização social e do trabalho contemporânea exerce na felicidade? O filósofo Comte-Sponville e o historiador D. McMahon sugerem que o fato de tanto se falar sobre a felicidade seria justamente um sintoma de que o homem contemporâneo não é feliz. Tanto menos se tem a felicidade, quanto mais dela se fala. Assim, chega-se ao objetivo deste trabalho: reconhecer a ontologia do conceito de felicidade e analisar qual a influência que a atual organização social e do trabalho tem sobre o florescer desta. Para cumprir com tal objetivo, as felicidades para oito pensadores (Platão, Aristóteles, Zênon de Cítia, Epicuro, Santo Agostinho, Bentham, Kant e Freud) foram analisadas e quatro questões respondidas: o que é felicidade?; o que não é felicidade?; quais as consequências da felicidade?; e como a felicidade pode florescer?. Com base nessas informações, os conceitos de felicidade foram, primeiramente, comparados entre si e, posteriormente, contrastados com um determinado referencial teórica da sociedade a Modernidade Líquida -, verificando suas possibilidades e impossibilidades de realização. Como resultado, descobriu-se que a felicidade para Platão, Zênon, Epicuro, Kant e Bentham estão em maior consonância com a sociedade contemporânea por dois principais motivos: não dependerem da comunidade e fundamentarem-se em sujeitos que independem das relações sociais. Concluiu-se que utilizar determinado conceito de felicidade influencia o contexto, podendo fortalecer ou enfraquecer determinada organização social. Ainda, descobriu-se que felicidade é naturalmente um conceito polissêmico que passa por um processo de simplificação, tornando-se um produto mais fácil de ser consumido na atual sociedade. Assim, a hipótese de Comte-Sponville e McMahon, que tanto menos se tem a felicidade, quanto mais dela se fala, pode ser reformulada. Não é que se tem menos felicidade, mas, sim, que se tem uma felicidade mais simples. Quando se reduz os critérios, torna-se mais fácil obtê-la e falar dela. Logo, a hipótese revista seria: tanto menor será a qualidade da felicidade, quanto mais dela se quer, tem e fala
  • DOI: 10.11606/D.47.2012.tde-13082012-100938
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Psicologia
  • Data de criação/publicação: 2012-04-26
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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