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A doença vascular do enxerto diagnosticada pela tomografia computadorizada de múltiplos detectores como preditora de eventos maiores em pacientes submetidos a transplante cardíaco

Candia, Roberto

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia 2014-05-07

Acesso online

  • Título:
    A doença vascular do enxerto diagnosticada pela tomografia computadorizada de múltiplos detectores como preditora de eventos maiores em pacientes submetidos a transplante cardíaco
  • Autor: Candia, Roberto
  • Orientador: Pinto, Ibraim Masciarelli Francisco
  • Assuntos: Transplante De Coração; Angiografia Cronária; Tomografia; Doença Das Cronárias; Rejeição De Enxerto; Tomography; Heart Transplant; Coronary Disease; Coronary Angiography; Allograft Failure
  • Descrição: A insuficiência cardíaca congestiva (ICC) é uma condição em que o coração não consegue bombear o sangue de acordo com as necessidades metabólicas dos tecidos. Quando a ICC entra em seu estágio final, já refratária ao tratamento medicamentoso, ou outras opções terapêuticas, o transplante cardíaco constitui-se em medida salvadora destes pacientes. Após o primeiro ano de evolução do procedimento, a doença vascular do enxerto (DVE) é a complicação mais temida nestes pacientes. Esta doença caracteriza-se por aterosclerose acelerada, com acometimento concêntrico do vaso, predominando nos terços médios e distais. Sintomas isquêmicos geralmente não estão presentes devido ao coração denervado destes pacientes. Daí a importância em se ter um método com boa acurácia e que possibilite o diagnóstico da DVE em seus estágios iniciais, que, muitas vezes, não é demonstrado pela cineangiocoronariografia (CINE). O nosso trabalho teve como objetivo avaliar se o diagnóstico da DVE pela tomografia computadorizada por múltiplos detectores (TCMD) foi preditor de eventos maiores, definimos como: morte súbita, infarto, angioplastia, queda da fração de ejeção e retransplante. Em nossa amostra, selecionamos 59 pacientes transplantados que tinham sido submetidos à TCMD por indicação clínica. Encontramos idade média de 49 anos ± 11,36 anos e tempo médio de transplante na realização da TCMD de 82,67 ± 36,38 meses. A prevalência de hipertensão (HAS) foi de 59,32%, dislipidemia (DLP) 57,63% e diabetes mellitus (DM) 33,90%. Em relação à etilogia da ICC dos receptores, em primeiro lugar, tivemos doença isquêmica com 38,98%, seguida por doença chagásica com 33,90% e por miocardiopatia dilatada idiopática com 13,56% da amostra. Desta população, um subgrupo de 41 pacientes, além de ter feito a TCMD, fez também a CINE. A comparação dos dois métodos mostrou sensibilidade de 100%, especificidade de 77,27%, valor preditivo positivo (VPP) de 46,34% e valor preditivo negativo (VPN) de 100%. Os resultados mostraram que a presença de DVE pela tomografia foi preditora de eventos maiores no seguimento destes pacientes com significância estatística p 0,001. Outras variáveis analisadas que também tiveram impacto significativo foram escore de cálcio positivo (p< 0,05), piora da classe funcional na evolução para classe II e III, e os receptores que tinham o diagnóstico prévio de miocardiopatia dilatada. Concluímos que a TCMD é um exame que tem boa acurácia diagnóstica na DVE, podendo a CINE ficar restrita aos casos duvidosos. Além disso, alterações deste exame são preditoras de eventos adversos. O escore de cálcio e a piora da classe funcional também foram preditores de eventos.
  • DOI: 10.11606/T.98.2014.tde-15072014-101449
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia
  • Data de criação/publicação: 2014-05-07
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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