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Ajustes fisiológicos de Astyanax altiparanae (Teleostei: Characiformes: Characidae) expostos a fármacos de preocupação emergente

Peñuela, Marcela Muñoz

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Biociências 2020-10-16

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Ajustes fisiológicos de Astyanax altiparanae (Teleostei: Characiformes: Characidae) expostos a fármacos de preocupação emergente
  • Autor: Peñuela, Marcela Muñoz
  • Orientador: Lo Nostro, Fabiana Laura; Whitton, Renata Guimarães Moreira
  • Assuntos: 6. Teleósteos; 5. Reservatórios Poluídos; 4. Exposição Subcrônica; 3. Exposição Aguda; 2. Diclofenaco; 1. Cafeína; 3. Diclofenac; 2. Caffeine; 4. Polluted Reservoirs; 5. Subchronic Exposure; 6. Teleost; 1. Acute Exposure
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: A poluição por compostos provenientes da indústria farmacêutica vem gerando recentemente preocupação. Apesar de, na maioria dos casos, as concentrações relatadas em ecossistemas aquáticos serem baixas (ng L-1 a μg L-1) estas podem causar efeitos toxicológicos sobre os organismos aquáticos. As represas Guarapiranga e Billings, localizadas na região sul da capital paulista, são caracterizadas por uma intensa ação antrópica, onde já foram reportadas concentrações de diferentes fármacos em quantidades que se encontram na faixa de ng L-1, dentre os quais se encontram o diclofenaco (DCF) e a cafeína (CAF). O presente estudo avaliou os efeitos tóxicos de ambos os fármacos em machos adultos de Astyanax altiparanae em bioensaios em laboratório, onde foram analisados os efeitos combinados e de forma separada dos dois compostos, utilizando diferentes biomarcadores relacionados com estresse oxidativo e genotoxicidade; assim como a atividade da acetilcolinesterase (AChE) e cicloxigenase (COX). Os mesmos biomarcadores (com exceção da AChE e COX) foram utilizados em fêmeas adultas da mesma espécie em diferentes braços das Represas Guarapiranga (Embu-Guaçu, Barragem e Aracati) e Billings (Bororé e Pedreira), com diferentes níveis de eutrofização, no inverno e no verão. No bioensaio agudo, não foi possível evidenciar alteração na atividade das enzimas AChE e COX; porém, na exposição subcrônica ambos os fármacos, separados ou combinados, inibiram a AChE no músculo dos peixes, e só os tratamentos com DCF inibiram a atividade da COX. Em ambos os bioensaios, houve tendência à inibição das enzimas antioxidantes hepáticas, principalmente sob exposição ao DCF; porém na exposição aguda à CAF também houve efeito inibitório de algumas enzimas. Diferentemente do bioensaio agudo, a exposição subcrônica à CAF não mostrou efeito nas enzimas antioxidantes branquiais ou hepáticas; porém, no bioensaio agudo, a CAF gerou lipoperoxidação (LPO) hepática. Já no bioensaio subcrônico, só foi observada LPO hepática nos animais expostos à mistura dos fármacos, observando um efeito potencializador. Diferentemente dos bioensaios, foi observada maior atividade das enzimas antioxidantes nos animais de campo coletados nos pontos de maior poluição. Ainda no campo foi possível verificar uma influência sazonal nas respostas fisiológicas, permitindo sugerir que os peixes estão sob maior estresse ambiental durante o inverno em comparação ao verão. Nos bioensaios agudo e subcrônico, assim como no campo, as brânquias apresentam baixa resposta de atividade das enzimas antioxidantes e LPO quando expostas aos xenobióticos, quando comparadas às respostas hepáticas. Finalmente, os biomarcadores de genotoxicidade se alteraram nas exposições subcrônicas e no campo, sem variações na exposição aguda. No ensaio subcrônico, a exposição à CAF gerou danos genotóxicos, e no campo, os animais da Pedreira (ponto mais poluído) apresentaram maior genotoxicidade. Este estudo abordou os efeitos dos poluentes no ambiente natural, mas entendendo a necessidade de avaliar a ação específica de alguns compostos de preocupação emergente de origem antrópica em bioensaios, considerando que estes compostos afetam o equilíbrio da fauna aquática em reservatórios de São Paulo.
  • DOI: 10.11606/T.41.2020.tde-15122020-155650
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Biociências
  • Data de criação/publicação: 2020-10-16
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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