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Correlação entre RT-PCR e achados tomográficos em pacientes com COVID-19

Fonseca, Eduardo Kaiser Ururahy Nunes

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina 2022-08-11

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Correlação entre RT-PCR e achados tomográficos em pacientes com COVID-19
  • Autor: Fonseca, Eduardo Kaiser Ururahy Nunes
  • Orientador: Nomura, Cesar Higa; Sawamura, Márcio Valente Yamada
  • Assuntos: Coronavírus; Tomografia Computadorizada Por Raios X; Covid-19; Infecções Por Coronavírus; Reação Em Cadeia Da Polimerase Via Transcriptase Reversa; Pneumonia Viral; Coronavirus; Reverse Transcriptase Polymerase Chain Reaction; Coronavirus Infections; Tomography X-Ray Computed
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Introdução: A pandemia causada pelo novo coronavírus fez necessária que as diversas especialidades médicas se reinventassem como parte da política de enfretamento à uma doença altamente infecciosa e inicialmente desconhecida. Desta forma, a radiologia torácica participou ativamente do combate contra a COVID-19, participando do diagnóstico e da avaliação desses pacientes. Para isso, foi necessário um corpo de evidência crescente que respaldasse o uso dos métodos de imagem no contexto pandêmico. Objetivos: Avaliar a capacidade prognóstica da extensão de acometimento pulmonar pela tomografia computadorizada do tórax em pacientes com COVID-19 considerando a evolução temporal dos achados. Avaliar a utilização das classificações correntes (RSNA e CO-RADS) e a concordância interobservador, bem como a influência do tempo experiência com radiologia torácica na aplicação dessas classificações. Avaliar o papel da tomografia computadorizada de tórax por meio de classificação visual estruturada (RSNA) e de software automático de detecção em pacientes com resultado inicial da RT-PCR negativo, mas com diagnóstico final de COVID-19. Métodos: Este é um compilado de artigos compostos de três estudos: Primeiro estudo retrospectivo unicêntrico com pacientes hospitalizados por síndrome gripal atribuível ao Sars-COV-2, em um centro dedicado ao atendimento de pacientes com COVID-19, que possuíam ao menos um resultado de RT-PCR e uma TC compatível com COVID-19. Os dados clínicos e laboratoriais da entrada foram avaliados e a tomografia de entrada foi avaliada quanto à extensão de acometimento do parênquima pulmonar por meio de análise visual. O desfecho avaliado foi mortalidade em 30 dias. O segundo foi um estudo retrospectivo unicêntrico com pacientes com RT-PCR positiva para COVID-19, que foram categorizados por meio das classificações do RSNA e CO-RADS por radiologistas com diferentes níveis de experiência e, que desconheciam o resultado da RT-PCR dos pacientes. Foram calculadas a concordância interobservador e intraobservador para cada uma das classificações, bem como a concordância entre essas classificações. O terceiro estudo foi um estudo retrospectivo unicêntrico que avaliou pacientes com RT-PCR inicial negativa para COVID-19, submetidos à tomografia computadorizada de tórax e que tiveram diagnóstico final clínico ou serológico de COVID-19. A classificação tomográfica visual foi avaliada de acordo com o consenso da Radiological Society of North America e por meio de software desenvolvido com inteligência artificial para detecção automática de achados e estimativa de probabilidade de COVID-19. Resultados: O primeiro estudo incluiu 457 pacientes, dos quais 58% apresentavam RT-PCR positiva para COVID-19. O tempo médio desde o início dos sintomas até a RT-PCR foi de 8 dias (IIQ 6- 11 dias). Uma extensão de acometimento pulmonar pela TC 50% foi encontrada em 201 pacientes (44%), o que foi associado com aumento da mortalidade em 30 dias (31% vs 15% em pacientes com extensão <50%, p <0,001). Ajustando as covariáveis basais e considerando os achados da TC como uma covariável modificável com o tempo, os pacientes com extensão 50% permaneceram em maior risco de mortalidade em 30 dias (razão de risco ajustada [HR] de 2,17, intervalo de confiança de 95% [IC]1,47- 3,18,p<0,001).O segundo estudo incluiu um total de 100 pacientes. A classificação RSNA mostrou uma concordância interobservador quase perfeita entre revisores com níveis de experiência semelhantes, com um coeficiente kappa de 0,892 (intervalo de confiança de 95% [IC], 0,788- 0,995). CO-RADS mostrou concordância substancial entre revisores com níveis de experiência semelhantes, com um coeficiente kappa de 0,642 (IC de 95%, 0,491-0,793). Houve variação interobservador ao comparar revisores menos experientes com revisores mais experientes, com o coeficiente kappa mais alto de 0,396 (IC de 95%, 0,255-0,588). Houve correlação significativa entre as duas classificações, com coeficiente de Kendall de 0,899 (p <0,001) e concordância intraobservador substancial para ambas as classificações. O terceiro estudo contou com 39 pacientes. Na análise tomográfica visual, somente um deles (3%) apresentou tomografia computadorizada classificada como tendo resultado negativo, 69% foram classificados como padrão típico e 28% como padrão indeterminado. Na avaliação, com uso de software, somente quatro (cerca de 10%) tiveram probabilidade de COVID-19 <25%. Discussão e Conclusão: Esse compilado de artigos contribui para o melhor entendimento do papel da tomografia computadorizada na COVID-19. Pode-se comprovar a correlação entre a extensão do acometimento pulmonar com a mortalidade, utilizando um método prático de quantificação, adequado ao uso na prático diária e de acordo com a percepção clínica inicial de que um ponto de corte 50% seria uma ferramenta auxiliar à tomada da decisão. Esse achado permaneceu mesmo levando em contato a dependência dela do tempo de sintomas, dado inédito trazido pelo trabalho. Pode-se avaliar a utilização das classificações estruturadas que vem sendo utilizada, sendo o trabalho pioneiro a avaliar e os comparar, ambas neste meio, demonstrando boa concordância entre as duas classificações estruturadas mais usadas e de que forma a experiência pregressa com radiologia torácica pode influenciar nessas classificações. Por fim, ao revisarmos os casos de pacientes com diagnóstico final de COVID-19 e RT-PCR inicial negativa, constatou-se que a capacidade da TC em detectar compatíveis com o diagnóstico de forma bastante precisa. Não somente isso, mostrou-se que a utilização do software de detecção automática conseguiu identificar boa parte dos casos, o que ocorre de forma quase instantânea, permitindo seu uso em locais onde não há radiologista prontamente disponível
  • DOI: 10.11606/T.5.2022.tde-17012023-161959
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina
  • Data de criação/publicação: 2022-08-11
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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