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Do círculo católico ao centro industrial conservadorismo e modernidade das elites cearenses

Francisco Josênio Camelo Parente Maria D'Alva Gil Kinzo

1998

Localização: FFLCH - Fac. Fil. Let. e Ciências Humanas    (T PARENTE, FRANCISCO JOSENIO CAMELO 1998 )(Acessar)

  • Título:
    Do círculo católico ao centro industrial conservadorismo e modernidade das elites cearenses
  • Autor: Francisco Josênio Camelo Parente
  • Maria D'Alva Gil Kinzo
  • Assuntos: POLÍTICA; HISTÓRIA DO BRASIL -- CEARÁ; POLÍTICA -- BRASIL
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: O trabalho estuda por que as elites cearenses se revelaram politicamente fortes, nas décadas de 30 e 90 deste século, de forma não proporcional a seu peso no federalismo brasileiro, fornecendo não só idéias, mas lideranças a nível nacional. Defendemos que estes dois momentos - onde dominavam, respectivamente, o conservadorismo e a modernidade - são estruturalmente semelhantes. A aparente contradição, entre a debilidade natural das elites políticas cearenses e o seu fortalecimento naqueles momentos significativos, deve-se a vários fatores, mas está ligada à integração da sociedade e da economia cearenses, a uma realidade estruturalmente maior. Processos mais globalizantes e estruturadores atingiram as elites cearenses que responderam, também, de forma criativa. O Círculo Católico de Fortaleza - CCF - e o Centro Industrial do Ceará - CIC - reuniram uma elite com homogeneidade social e organizada de forma coesa, tendo como suporte de seus discursos as respectivas ideologias, Conservadorismo e Modernidade. Elas foram, desta forma, instituições políticas suprapartidárias criadas na direção de um projeto político consistente e, ideologicamente, estruturador. O Conservadorismo para o CCF e a Modernidade para o CIC forneceram competente argumenteos ideológicos no processo de legitimação política. Um dado estrutural está ligado à adaptação tanto dos membros do CCF quanto do CIC às clivagens políticas revelando a existência de um sistema partidário. Na década
    de 30, os dois partidos fortes eram o PSD e a LEC, sendo que o integralismo foi o fiel da balança. Fernandes Távora, o presidente do então PSD, foi também o presidente do CCF, no início da década anterior. Ele quebrou uma característica da organização da LEC, que é a homogeneidade, ao não se considerar no mesmo patamar que as organizações partidárias ligadas aos setores do poder tradicional. E os integralistas quebram outra característica, que é o centralismo. Na ) década de 90, a estrutura se repete: Ciro Gomes quebra a homogeneidade do grupo do CIC e torna-se, potencialmente, uma alternativa de poder, enquanto Amarílio Macedo é um dissidente do centralismo, da coalização dominante do grupo do CIC permanecendo como um líder organizador da sociedade civil e passando do grupo Pró-mudanças e Equatorial para o Pacto de Cooperação. Apesar de todos participarem do PSDB, aos poucos vão se adaptando à dinâmica do sistema partidário cearense. A revelação de uma estrutura não indica, logicamente, a negação da história, do jogo estratégico da política. O longo processo de treinamento e de socialização de uma elite técnica, embasada em uma ideologia estruturante e socialmente dominante apenas prepararam um ambiente para que uma elite política, com homogeneidade social e coesa, tivesse mais condições de organizar a sociedade que outros grupos não integrados à ideologia dominante e organizada, sobretudo, em facções políticas. O conservadorismo que aflorou na política
    cearense através da CCF como uma filosofia do momento e aquela que brotou do CIC, também como imperativo da modernidade, reproduzem apenas aspectos estruturais de um processo de dominação política. As clivagens partidárias reproduzem também uma clivagem natural, mas não determinista
  • Data de criação/publicação: 1998
  • Formato: 210 p anexos.
  • Idioma: Português

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