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Desenvolvimento de nanoemulsão lipídica à base de extratos vegetais e avaliação da atividade cicatrizante em modelo de pele humana ex vivo

Oliveira, Cynthia Nara Pereira De

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto 2020-11-23

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Desenvolvimento de nanoemulsão lipídica à base de extratos vegetais e avaliação da atividade cicatrizante em modelo de pele humana ex vivo
  • Autor: Oliveira, Cynthia Nara Pereira De
  • Orientador: Lopez, Renata Fonseca Vianna
  • Assuntos: Cicatrização; Extratos Naturais; Modelo Ex Vivo De Pele Humana; Nanoemulsão Lipídica; Ex Vivo Model Of Human Skin; Healing; Lipid Nanoemulsion; Natural Extracts
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Acometimentos cutâneos que requerem estímulos pró-cicatrizantes para seu tratamento, tais como dermatite atópica, queimaduras e úlceras de decúbito, representam um alto potencial de perdas econômicas e de qualidade de vida do paciente. Além disso, o tratamento de lesões cutâneas enfrenta outro sério problema: a falta de produto acessível e de eficácia cientificamente comprovada. A incorporação de óleos vegetais com atividade cicatrizante em nanoemulsões é uma estratégia promissora para diminuir a toxicidade, possibilitar a administração de óleos no leito hidrofílico das feridas, aumentar a biodisponibilidade dos componentes bioativos desses óleos e, dessa forma, aumentar a eficácia do tratamento de tais acometimentos cutâneos. Desta forma, o objetivo desse trabalho foi desenvolver nanoemulsões contendo óleos de girassol e de rosa mosqueta, ambos com aclamada atividade cicatrizante, e avaliar sua atividade em úlceras induzidas em modelo ex vivo de pele humana. Ademais, a influência da combinação de fosfolipídios extraídos do girassol e da soja nas características e atividade das nanoemulsões também foi avaliada. Duas nanoemulsões foram obtidas: uma utilizando uma mistura de fosfolipídios e emulsificantes sintéticos (Nano 1) e outra utilizando apenas fosfolipídios (Nano 2). Os emulsificantes sintéticos investigados para obtenção de Nano 1 estável foram o polissorbato 80 e 60 e o polietilenoglicol 40, na presença e ausência de estabilizantes, como álcool cetoestearílico e álcool cetílico. Já a formulação Nano 2 foi desenvolvida e otimizada com base em um delineamento experimental do tipo Box-Behnken 33. As variáveis independentes foram a combinação em diferentes proporções de três fosfolipídios de origem natural: S75, fosfolipídio extraído da soja com 75% de fosfatidilcolina, H100, fosfatidilcolina purificada extraída do girassol, e H20, mistura de fosfolipídios extraídos do girassol, contendo 20% de fosfatidilcolina. As variáveis dependentes foram tamanho de partículas e índice de polidispersão (PDI), avaliados por espalhamento de luz dinâmico; porcentagem de emulsificação, avaliada por centrifugação; viscosidade, utilizando um reômetro de geometria do tipo Couette (cilindro concêntrico); pH e custo. A morfologia, o número médio de partículas e a presença de estruturas líquido-cristalinas nas nanoemulsões otimizadas também foram avaliados por microscopia eletrônica de transmissão, análise de rastreamento de nanopartículas e microscopia de luz polarizada, respectivamente. Nano 1 e Nano 2 foram investigadas quanto a sua citotoxicidade em células de queratinócitos e fibroblastos, capacidade de alteração da expressão de moléculas de adesão, por ensaio Scratch, potencial inflamatório, por ensaios de imunoabsorção enzimática, e capacidade em se distribuir e penetrar na pele humana, por estudos de penetração cutânea in vitro. A atividade cicatrizante das nanoemulsões foi avaliada em feridas induzidas em cultura de explante de pele organotípica humana (hOSEC), a partir da análise histológica e imunohistoquímica de cortes de fragmentos de pele tratados. As nanoemulsões apresentaram gotículas com dimensões nanométricas (de 130 a 370 nm), PDI menor do que 0,3 e concentração na ordem de 1013 partículas/mL. O diâmetro das gotículas da Nano 2 foi em torno de 3 vezes maior do que o da Nano 1, com custo estimado também 2,5 vezes maior. Entretanto, a Nano 2 apresentou-se menos citotóxica para fibroblastos e queratinócitos quando comparada à Nano 1 e com capacidade de direcionar a penetração dos óleos para e epiderme. Em contrapartida, a Nano 1 foi capaz de permear a pele íntegra até a derme e apresentou um efeito cicatrizante mais proeminente do que a Nano 2 nas avaliações no modelo hOSEC. Ambas nanoemulsões apresentaram-se estáveis, com baixo potencial de induzir processos inflamatórios e de interferir na expressão de moléculas de adesão. Nos estudos de cicatrização no modelo hOSEC verificou-se, pela primeira vez, a importância em se determinar a concentração de nanopartículas depositadas no leito da ferida para possibilitar a mobilidade celular e permitir a resposta adequada do modelo ao tratamento. Por fim, as nanoemulsões a base de óleos vegetais estimularam de maneira mais evidente o fechamento de feridas induzidas no modelo hOSEC do que nanoemulsões controles a base de óleo mineral. Em resumo, foi possível estabilizar nanoemulsões de óleo vegetal com combinações adequadas de fosfolipídios de origem natural. Alterações nessas combinações resultaram em nanoemulsões com características de tamanho e custo distintas, com impacto na penetração cutânea e celular dos óleos, citotoxicidade e cinética de cicatrização. As nanoemulsões à base de óleos vegetais obtidas nesse trabalho são, portanto, sistemas de liberação versáteis com potencial para serem utilizadas tanto no tratamento da pele íntegra como em lesões ulceradas.
  • DOI: 10.11606/D.60.2020.tde-01072021-152933
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto
  • Data de criação/publicação: 2020-11-23
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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