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Efeito da expansão do cultivo de cana-de-açúcar na composição da paisagem do estado de São Paulo

Azevedo, Thaís Nícia

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Biociências 2013-08-08

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Efeito da expansão do cultivo de cana-de-açúcar na composição da paisagem do estado de São Paulo
  • Autor: Azevedo, Thaís Nícia
  • Orientador: Metzger, Jean Paul Walter
  • Assuntos: Desmatamento; Dinâmica Da Paisagem; Proálcool; Deforestation; Landscape Dinamics
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: As mudanças de uso e cobertura do solo causam uma série de impactos no ambiente. No Brasil, o primeiro cultivo que deu início à mudança de uso e cobertura do solo foi o de cana-de-açúcar. Desde sua introdução, o cultivo de cana-de-açúcar vem alterando a paisagem em que está inserido. Atualmente, o estado de São Paulo é o maior produtor de cana-de-açúcar do país, tendo sofrido alterações na paisagem com maior intensidade desde a implantação do Proálcool, em 1975. O histórico de mudança de uso e cobertura do solo nos permite compreender como a expansão do cultivo de cana-de-açúcar afetou essas paisagens. Neste estudo, avaliamos como a expansão do cultivo de cana-de-açúcar afetou a composição da paisagem de 1965 a 2010. Para isso, mapeamos nove unidades amostrais representativas da dinâmica do cultivo da cana-de-açúcar no estado de São Paulo durante o Proálcool em quatro datas: 1965, 1980, 1995 e 2010. Analisamos a dinâmica das paisagens e elaboramos matrizes de transição para as unidades estudadas nos três intervalos de tempo: 1965-1980, 1980-1995 e 1995-2010. Avaliamos se a ocupação das Áreas de Preservação Permanente (APPs) difere das áreas fora de APPs com relação à preferência por conversão de terras, regeneração e perda de vegetação natural. A expansão da cana-de-açúcar foi caracterizada pela perda de cobertura natural, especialmente campo cerrado e cerradão, quando estes existiam e pela substituição da pastagem, classe que mais cedeu espaço para a cana-de-açúcar. No entanto, fora das APPs, não houve uma preferência para a conversão do uso do solo durante a expansão da cana-de-açúcar, ou seja, a cana-de-açúcar expandiu mais sobre a pastagem por essa ser a classe mais dominante da paisagem. Já nas APPs, houve um direcionamento da expansão da cana-de-açúcar, principalmente no último período analisado, em que a conversão de cobertura natural para cana-de-açúcar foi evitada. A regeneração dentro das APPs foi maior do que nas áreas fora de APPs. Todavia a perda de vegetação natural ocorreu independentemente da localização. Em todos os períodos, o percentual de cobertura natural foi inferior a 20% quando a cana-de-açúcar foi a matriz da paisagem. Esses dados atestam que a expansão da cana-de-açúcar durante o Proálcool ocorreu desrespeitando a legislação ambiental, tanto dentro quanto fora das APPs. Concluímos que a expansão do cultivo de cana-de-açúcar alterou a composição da paisagem, reduzindo significativamente as áreas naturais e as pastagens. Apesar da ligeira tendência recente de recuperação das áreas naturais em APPs, é necessário estimular essa regeneração, seja através da certificação ambiental ou da aplicação efetiva do novo Código Florestal. Estas ações poderiam auxiliar na manutenção de áreas naturais e no cumprimento das áreas de preservação, visando paisagens mais favoráveis à conservação da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos.
  • DOI: 10.11606/D.41.2013.tde-15102013-140418
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Biociências
  • Data de criação/publicação: 2013-08-08
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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