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Estudo bioquímico e funcional de neutrófilos humanos de pacientes com doença de Graves

Elisa Maria de Sousa Russo Carbolante Yara Maria Lucisano-Valim

2002

Localização: FMRP - Fac. Medicina de Ribeirão Preto    (Carbolante, Elisa Maria de Sousa Russo )(Acessar)

  • Título:
    Estudo bioquímico e funcional de neutrófilos humanos de pacientes com doença de Graves
  • Autor: Elisa Maria de Sousa Russo Carbolante
  • Yara Maria Lucisano-Valim
  • Assuntos: NEUTRÓFILOS; BIOQUÍMICA
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: A doença de Graves (DG) é uma doença auto-imune órgão específica da tireóide, caracterizada por hipertireoidismo, ofta1mopatia e mixedema pré-tibial. Pacientes com esta doença têm uma reatividade imune, mediada tanto por células quanto por anticorpos, contra os receptores de TSH, contra a tiroglobulina e contra a tireóide peroxidase. A reatividade imune inclui o desenvolvimento de anticorpos (Ac) a esses antígenos, reatividade dos linfócitos, desenvolvimento de imunocomplexos (IC) circulantes e depósitos de IC. Os Ac contra o receptor de TSH se ligam a esse receptor de uma maneira funcionalmente positiva levando à estimulação da tireóide e por conseqüência, à grande produção de hormônios. Uma vez que esta patologia é de auto-imune, que há depósitos de IC e que uma das complicações importantes (ofta1mopatia) é um processo auto-imune e inflamatório e, ainda, que os neutrófilos estão envolvidos na fisiopatologia destes dois processos, a proposição deste trabalho foi fazer um estudo bioquímico e funcional dos neutrófilos de pacientes com doença de Graves, em diferentes estágios da doença e do tratamento. Os estudos destas células envolveram: a) quantificação da produção de espécies reativas de oxigênio por quimioluminescência dependente de luminol ou lucigenina, mediadas por receptores para IgG bem como pela cooperação entre receptores do complemento e para IgG; b) avaliação da expressão dos receptores para complemento (CR) e para IgG (Fc'gama'R); c)
    averiguação da presença de anticorpos ligados aos receptores dos neutrófilos de sangue periférico; d) medida da atividade da superóxido dismutase; e) medidas da produção de peróxido de hidrogênio pelos neutrófilos e f) medidas do conteúdo de glutationa reduzida destas células. Os resultados mostraram que a produção de radicais de oxigênio, mediada por CR e/ou Fc'gama'R, pelos neutrófilos de pacientes com DG, estava aumentada em relação à produção pelos neutrófilos de ) indivíduos saudáveis, quando estas células foram estimuladas por imunocomplexo (IC) opsonizados ou não. Este aumento poderia ser devido a fatores como o aumento de expressão de receptores de membrana ou alterações nos mecanismos envolvidos na produção ou eliminação destas espécies reativas de oxigênio. A porcentagem de células que expressam receptores para complemento e para IgG e a média de fluorescência por célula encontrada nas células de pacientes e controles, analisadas por experimentos de citometria de fluxo, foi bastante similar. Esses resultados indicaram que o aumento do burst oxidativo, verificado nos experimentos de QL, não foi devido à expressão anormal dos receptores que medeiam este processo. Também foi demonstrado que não haviam imunoglobulinas previamente ligadas aos PMN, o que poderia causar a estimulação prévia dessas células, assim como uma ocultação dos receptores analisados. Foi encontrado aumento da produção de peróxido de hidrogênio nos neutrófilos de
    pacientes de DG hipertireoideos em relação aos indivíduos controles saudáveis. Em contrapartida, as defesas antioxidantes avaliadas (atividade da superóxido dismutase e conteúdo de glutationa reduzida) nos neutrófilos desses pacientes não estavam significativamente diferentes daquelas dos neutrófilos de indivíduos controles. O conjunto desses resultados nos indica que os neutrófilos dos pacientes estudados apresentaram um estresse oxidativo, o que pode ser bastante prejudicial e contribuir para um maior dano tecidual, principalmente em situações onde exista um processo inflamatório. Este dano seria em conseqüência à liberação de potentes substâncias oxidantes que poderiam não estar sendo devidamente eliminadas pelos mecanismos antioxidantes dos neutrófilos. A produção alterada de radicais de oxigênio nestes neutrófilos pode estar relacionada com uma maior atividade da NADPH oxidase destas células. Finalmente, sugerimos a ) introdução de terapia antioxidante aos pacientes de DG para que os efeitos tóxicos e deletérios dos neutrófilos, nos processos inflamatórios teciduais, sejam minimizados
  • Data de criação/publicação: 2002
  • Formato: 141 p. anexos.
  • Idioma: Português

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