skip to main content
Primo Search
Search in: Busca Geral

Anhaia Mello e a "Escola de Chicago" apropriações, transposições e interpretações

Tadeu Lara Baltar da Rocha Ana Cláudia Castilho Barone

2020

Localização: FAU Maranhão - Fac. Arquit. Urbanismo- Pos-Grad.    (https://doi.org/10.11606/D.16.2020.tde-26042021-111724 )(Acessar)

  • Título:
    Anhaia Mello e a "Escola de Chicago" apropriações, transposições e interpretações
  • Autor: Tadeu Lara Baltar da Rocha
  • Ana Cláudia Castilho Barone
  • Assuntos: Mello, Luiz Ignacio Romeiro de Anhaia 1891-1974; Park, Robert Ezra 1864-1944; PLANEJAMENTO TERRITORIAL URBANO -- HISTÓRIA; HISTÓRIA SOCIAL DAS IDEIAS; IDEIA; Chicago School Of Sociology; Circulação De Ideias; Escola De Chicago De Sociologia; Planning Diffusion
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Esta dissertação analisa a apropriação, a transposição e a interpretação de conteúdos relacionados com a "Escola de Chicago" de Sociologia por Anhaia Mello entre 1926 e 1957, período em que ele foi uma das principais autoridades do campo do Urbanismo que ainda se estruturava Anhaia Mello tinha contato desde a década de 1920 com os textos que caracterizam a "Escola de Chicago", rótulo que tem lugar de destaque, como um fundador, no imaginário dos estudos urbanos, mas seus temas e conceitos só são identificados de forma clara na produção do urbanista a partir da década de 1940. Para entender o significado disso, discute-se o que foi e o que é a "Escola de Chicago". Analisa-se, então, o conjunto de proposições do "programa de pesquisa" elaborado por Robert Park e Ernest Burgess que orientou as atividades que se destacaram no Departamento de Sociologia da Universidade de Chicago no começo do Século XX. Destaca-se, a partir daí, especificamente, que a "Escola de Chicago", por meio de uma abordagem engajada com a realidade urbana, oferecia uma visão "compreensiva" e otimista sobre as grandes cidades norte-americanas. Em seguida, analisa-se o discurso de Anhaia Mello a partir de sua produção escrita, identificando permanências e descontinuidades quanto à apresentação de leituras sociais ao longo de sua trajetória. O pouco destaque atribuído à "Escola de Chicago" entre as décadas de 1920 e 30 coincidia com a vinculação de um discurso representado pela imagem da "Árvore do Urbanismo", que pretendia situar o Urbanismo como um conhecimento técnico-administrativo neutro, que poderia ser desconectado dos embates políticos. Nas décadas seguintes, quando passa a defender que o Urbanismo deveria pensar-se regional e buscar a desconcentração por meio da limitação do crescimento, questões políticas e análises sociais ficam claras nos artigos e conferências
    de Anhaia Mello. Configurava-se, assim, uma oposição a ideias estabelecidos na política e na gestão urbana paulistana. Nesse período, temas e conceitos da "Escola de Chicago" são empregados com frequência pelo urbanista e configuram, junto às leituras de Lewis Mumford e da Regional Planning Association of America, uma visão predominantemente pessimista sobre o desenvolvimento metropolitano. Por fim, identificam-se desconexões entre o emprego dos mesmos conceitos e temas no programa de pesquisa da "Escola de Chicago" e nos escritos de Anhaia Mello. Por um lado, verifica-se o deslocamento dos conceitos de Park e Burgess para caracterizar a cidade como um locus de anomia e destruição das relações primárias. Por outro, nota-se que a "politização" do espaço no discurso de Anhaia Mello nas décadas de 1940 e 1950 omite as questões da cidade que estava em seu entorno, e as substitui pelo modelo sugerido pelos textos da "Escola de Chicago". Baseados em uma abordagem empírica e especulativa de análise das cidades norte-americanas, tornam-se para esse Urbanismo leis do funcionamento de todas as cidades. Assim, o discurso "apolítico" das décadas de 1920 e 1930 dá lugar a um discurso que substituía a problemática local por uma idealização apropriada de outro lugar
  • Data de criação/publicação: 2020
  • Formato: 206 p il..
  • Idioma: Português

Buscando em bases de dados remotas. Favor aguardar.