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Um muro para a alma a cidade de São Paulo e suas pixações à luz da psicologia arquetípica

Guilherme Scandiucci Laura Villares de Freitas

2014

Localização: IP - Instituto de Psicologia    (T RC506 S283m e.1 )(Acessar)

  • Título:
    Um muro para a alma a cidade de São Paulo e suas pixações à luz da psicologia arquetípica
  • Autor: Guilherme Scandiucci
  • Laura Villares de Freitas
  • Assuntos: Jung, C. G. (Carl Gustav) 1875-1961; Hillman, James, 1926-2011; CIDADES; PSICOLOGIA JUNGUIANA; Anima Mundi; Graffiti; Pichação
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Esta tese realiza uma aproximação entre os campos individual, tradicionalmente pensado pela psicologia clínica, e coletivo, normalmente objeto da psicologia social. Partindo da psicologia analítica inaugurada por Carl Jung (1875-1961), e principalmente da psicologia arquetípica, vertente pós-junguiana cujo principal autor é James Hillman (1926-2011), chega-se a um ponto em que esta separação não se faz necessária ou produtiva para analisar o material coletado. A ideia de anima mundi (alma do mundo), de inspiração neoplatônica, e os conceitos hillmanianos de patologizar e psicologizar (ou ver através) formam a base de sustentação da presente construção. Ademais, contribuições da sociologia e da antropologia contemporâneas compuseram a estrutura necessária para sua feitura final. O objetivo da tese é analisar problemáticas da vida na cidade contemporânea, especificamente refletidas em certas intervenções urbanas de caráter transgressivo e ilegais, feitas com tinta sobre edificações variadas, conhecidas como grafite (ou graffiti) e pichação (ou pixação), muito comuns na Grande São Paulo. Foram examinadas, sobretudo, as pixações tipicamente paulistas, notórias pelo formato conhecido como tag reto. Concluiu-se que a prática da pixação, além de expressar simbolicamente a violência da vida urbana, agencia laços de amizade e convivência fundamentais para muitos jovens e adolescentes. Tais criações estão ao mesmo tempo intimamente ligadas aos polos de uma intensidade vital, de um
    lado, e de destruição e morte, de outro; denunciam uma faceta sombria da metrópole, sendo representações do patologizar, movimento in extremis e próprio da alma (psique). Ao marcarem o espaço, sobretudo central e mais nobre da cidade, os grupos de pixadores, quase sempre oriundos dos bairros periféricos e pobres, promovem a possibilidade de um fazer-alma desta psique coletiva. Além disso, movimentos mais recentes dentro do universo da pixação levantaram a hipótese: ao se engajarem em protestos políticos, sem deixar de lado a agressividade e a transgressão próprias da pixação, promovem a passagem do patologizar ao ver através. Deixando mensagens legíveis em locais simbólicos, os pixadores abrem uma possibilidade de diálogo entre a consciência coletiva e a psique inconsciente, trabalhando complexos culturais relevantes de São Paulo, ligados à opressão
  • Data de criação/publicação: 2014
  • Formato: 248 p.
  • Idioma: Português

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