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Dialética do labirinto: a polifonia amordaçada de Fiódor Dostoiévski

Canto, Flavio Ricardo Vassoler Do

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2010-10-20

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Dialética do labirinto: a polifonia amordaçada de Fiódor Dostoiévski
  • Autor: Canto, Flavio Ricardo Vassoler Do
  • Orientador: Pontieri, Regina Lucia
  • Assuntos: Contradição; Polifonia; Ironia; Escatologia; Dostoiévski; Dialética; Dostoevsky; Eschatology; Dialectic; Irony; Contradiction; Polyphony
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: A dissertação em questão procura analisar O sonho de um homem ridículo (1877), de Fiódor Dostoiévski, fundamentalmente a partir de uma aproximação crítica em relação à teoria polifônica erigida por Mikhail Bakhtin, em Problemas da Poética de Dostoiévski. O teórico russo buscou desvelar a poética dostoievskiana não por meio de uma síntese parcial em função do discurso ideológico do escritor ou de uma de suas personagens expediente tradicional da crítica partidária, segundo Boris Schnaiderman e Paulo Bezerra , mas através do modo pelo qual o diálogo deixaria de ser contingente para assumir um papel estrutural essencial. A identidade das personagens não se estabeleceria em si e por si mesma, uma vez que o eu, desde a sua expressão primordial, já apareceria formado, enformado e deformado pela inflexão do outro. A alteridade e a altercação, vozes imiscíveis e eqüipolentes a alicerçarem a polifonia. Bakhtin, porém, não pôde demonstrar o modo pelo qual se daria a apreensão da obra de Dostoiévski como uma totalidade polifônica integral. Haveria um norte em função do qual as vozes relacionais e contraditórias seriam estruturadas? Seria possível apreender a poética dostoievskiana por meio do arcabouço tradicional, monológico e sistêmico? O aporte da teoria crítica de Marx, Lukács, Horkheimer, Adorno e Benjamin passou a trilhar as galerias labirínticas do subsolo dostoievskiano de modo a reconstituir a crítica de Bakhtin à abordagem dialética. A polifonia, a partir de então, transforma-se em um momento dialético para a constituição da poética de Dostoiévski. Totalidade alquebrada, polifonia amordaçada, dialética sem síntese, dialética no labirinto, dialética do labirinto. Labirinto da dialética: dialogo com alguns autores da eslavística norte-americana destacadamente, Joseph Frank, Michael Holquist e Gerald Sabo e com o homem ridículo, o narrador equívoco e inequívoco da estória fantástica que, segundo Bakhtin, é quase uma enciclopédia dos principais temas da obra do escritor russo. Assim, o presente trabalho procura erigir um novo modelo que tensione as cordas vocais da polifonia integral de modo a reconstituir suas aporias e trilhar um caminho outro que restitua a contradição como categoria essencial para a apreensão da obra de Dostoiévski.
  • DOI: 10.11606/D.8.2010.tde-23112010-121337
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
  • Data de criação/publicação: 2010-10-20
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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