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Progresso valorativo da ciência e a biotecnologia: sobre a participação dos valores sociais na avaliação do progresso científico

Aymoré, Débora De Sá Ribeiro

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2015-06-26

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Progresso valorativo da ciência e a biotecnologia: sobre a participação dos valores sociais na avaliação do progresso científico
  • Autor: Aymoré, Débora De Sá Ribeiro
  • Orientador: Mariconda, Pablo Ruben
  • Assuntos: Ciência; Valores; Legitimidade; Prática Científica; Progresso Científico; Tecnologia; Technology; Scientific Progress; Scientific Practice; Science; Legitimacy; Values
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: A partir da análise do modelo de desenvolvimento da ciência proposto por Kuhn em The structure of scientific revolutions (1962) é possível considerar a ciência enquanto prática realizada no interior comunidades científicas. Ainda que tratando de dois tipos de progresso científico: aquele que ocorre por meio da atividade paradigmática e o que acontece por meio das revoluções científicas, Kuhn permanece como modelo de progresso científico centrado especialmente no aspecto cognitivo interno da atividade científica. Porém, ao listar os valores como um dos elementos do paradigma, Kuhn trouxe para a filosofia da ciência a possibilidade do tratamento também dos fatores externos, que estão relacionados ao contexto social no qual a ciência está inserida. Levando adiante essa proposta de interação entre a ciência e os valores, Lacey vincula o conceito de paradigma a sua concepção de estratégia de pesquisa. Orientando-nos pela guinada valorativa empreendida por Lacey, formulamos três características que compõem o progresso valorativo da ciência, que são a consideração da prática científica, a identificação da interação da ciência com os valores e o reconhecimento da estrutura entre meios e fins que subjaz à relação da escolha das estratégias de pesquisa (M1) com os demais momentos logicamente distintos da prática da ciência, incluindo a relação entre a ciência e a tecnologia que é realizada no momento da aplicação científica (M5). Nossa consideração está baseada em grande medida no modelo da interação entre a ciência e os valores, que permite elucidar além da distinção entre os valores pessoais e os sociais, e da distinção entre valores cognitivos e não cognitivos, a articulação dos valores através do discurso, como forma de explicitá-los, permitindo a sua crítica por perspectivas de valor divergentes. Além disso, para exemplificar o enraizamento dos valores nos contextos sociais e institucionais da ciência, analisamos três estudos de casos, da inovação no Brasil, da proibição de uso de animais para o teste de cosméticos no Estado de São Paulo e da aplicação do aconselhamento genético no Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco, dos quais extraímos que a interação entre a ciência, a tecnologia e a sociedade requer o reconhecimento de que os valores orientam as práticas científicas e tecnológicas, bem como a possibilidade de que demandas sociais de legitimidade alterem a relação entre meio (ciência e tecnologia) e finalidades (controle da natureza e inovação) a serem atingidas.
  • DOI: 10.11606/T.8.2015.tde-15102015-145922
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
  • Data de criação/publicação: 2015-06-26
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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