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Associação de hipernatremia com o prognóstico e a mortalidade de pacientes com traumatismo cranioencefálico grave em um hospital terciário brasileiro

Carvalho, Aline Dos Santos

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto 2018-09-04

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Associação de hipernatremia com o prognóstico e a mortalidade de pacientes com traumatismo cranioencefálico grave em um hospital terciário brasileiro
  • Autor: Carvalho, Aline Dos Santos
  • Orientador: Pontes Neto, Octávio Marques
  • Assuntos: Hipernatremia; Mortalidade; Traumatismos Cerebrais; Unidades De Terapia Intensiva; Brain Trauma; Hypernatremia; Intensive Care Unit; Mortality
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: INTRODUÇÃO: O traumatismo cranioencefálico (TCE) é atualmente uma das maiores causas de incapacidade, custo econômico e morte em todo o mundo. O prognóstico do paciente com TCE depende tanto da lesão encefálica primária, que ocorre no momento do trauma, como da lesão secundária, que ocorre após o evento traumático, em decorrência da evolução da lesão inicial ou de suas complicações intracranianas e sistêmicas. Dentre estas complicações sistêmicas destacam-se os distúrbios hidroeletrolíticos, em especial os distúrbios de sódio, por ser este o principal íon extracelular e o mais importante soluto osmoticamente ativo, estando diretamente ligado à formação de edema cerebral. Estudos recentes têm demonstrado que a hipernatremia é um fator de risco independente para pior prognóstico em pacientes críticos e neurocríticos. Não estão claros, entretanto, a frequência e o impacto clínico da hipernatremia no prognóstico de pacientes com TCE grave em nosso meio. Objetivou-se neste estudo identificar a incidência e os fatores preditivos da hipernatremia na fase aguda em pacientes com TCE grave em uma amostra de pacientes internados em unidade de terapia intensiva (UTI) e verificar se a hipernatremia na fase aguda constitui um fator de risco independente para o óbito intra-hospitalar. MÉTODOS: Estudo observacional, transversal, retrospectivo, unicêntrico, com dados coletados a partir da revisão dos prontuários dos pacientes adultos internados entre 1º de janeiro de 2011 a 17 de maio de 2015 na UTI da UE-HCFMRP com diagnóstico de TCE grave. Foram excluídos pacientes com traumas ocorridos há mais de 5 dias da admissão na UTI ou que tiveram tempo de internação na UTI inferior a 24 horas. Os fatores de risco para hipernatremia (definida como dois ou mais valores de sódio sérico > 145 mEq/L na primeira semana após o trauma), os preditores de óbito intra-hospitalar e de desfecho funcional desfavorável pela Glasgow Outcome Scale na alta hospitalar foram determinados através de análise multivariada por regressão logística linear, Para esta análise, foram também excluídos os pacientes que desenvolveram diabetes insípido e morte encefálica. RESULTADOS:Foram incluídos 254 pacientes, dos quais 89,4% eram do sexo masculino. A média de idade foi 34,11±12,46 anos, sendo os acidentes de trânsito o principal mecanismo de trauma encontrado. A média do valor do sódio sérico na admissão hospitalar foi 136,3±4,6 mEq/L; apenas 5 pacientes já foram admitidos com hipernatremia. A taxa de mortalidade geral foi 26,8%; hipernatremia foi identificada em 40,6% dos casos. Os fatores de risco independentes para a ocorrência de hipernatremia foram a glicemia de admissão (OR:1,01;IC95%:1,002-1,017), instabilidade hemodinâmica na admissão (OR:3,995;IC95%:1,35-11,8), presença de contusão cerebral na TC de crânio inicial (OR:3,208;IC95%:1,502-6,853) e o balanço hídrico positivo na primeira semana após o trauma (OR:1,113;IC95%:1,027-1,206). Os fatores de risco independentes para óbito intra-hospitalar foram glicemia (OR:1,014;IC95%:1,005-1,022), hipertensão intracraniana (OR:3,037;IC95%:1,074-8,592) e hipernatremia grave (OR:4,532;IC95%:1,798-11,423); já os preditores de GOS desfavorável na alta hospitalar foram glicemia (OR:1,01;IC95%:1,003-1,018), pneumonia (OR:3,115;IC95%:1,179- 8,231), hipernatremia (OR:2,592;IC95%:1,261-5,327) e hipernatremia grave (OR:3,933;IC95%:1,732-8,291). CONCLUSÕES: A hipernatremia é uma complicação frequente entre os pacientes com TCE grave e é independentemente associada à maior mortalidade intra-hospitalar e pior desfecho funcional na alta hospitalar.
  • DOI: 10.11606/D.17.2019.tde-19022019-115545
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
  • Data de criação/publicação: 2018-09-04
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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