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Risco de evolução da resistência a espinosinas em Helicoverpa armigera (Lepidoptera: Noctuidae) no Brasil

Silva, Sandy Spineli

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz 2019-10-30

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Risco de evolução da resistência a espinosinas em Helicoverpa armigera (Lepidoptera: Noctuidae) no Brasil
  • Autor: Silva, Sandy Spineli
  • Orientador: Omoto, Celso
  • Assuntos: Bases Genéticas; Spinetoram; Resistência Cruzada; Manejo Da Resistência De Insetos; Spinosad; Insect Resistance Management; Genetic Basis; Cross-Resistance
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Após a detecção de Helicoverpa armigera (Hübner, 1808) (Lepidoptera: Noctuidae) no Brasil em 2013, estudos para compreender o risco de evolução da resistência de H. armigera aos principais inseticidas registrados para o seu controle são de suma importância. Dentre esses inseticidas, destaca-se o grupo das espinosinas que apresentam mecanismo de ação único, atuando como moduladores alostéricos aos receptores nicotínicos da acetilcolina. Assim, para subsidiar programas proativos de manejo da resistência de H. armigera a inseticidas espinosinas no Brasil, no presente trabalho foram conduzidos estudos para (i) avaliar a suscetibilidade de populações de H. armigera a spinosad e spinetoram e (ii) entender as bases genéticas da resistência e verificar resistência cruzada a spinetoram, a partir de uma linhagem de H. armigera resistente a spinosad selecionada em condições de laboratório. O monitoramento da suscetibilidade foi realizado com populações de campo coletadas em regiões de grande representatividade na produção de soja e algodão no Brasil ao longo das safras agrícolas de 2017 a 2019. Para o inseticida spinosad utilizou-se a dose diagnóstica (DL99) de 3,03 µg i.a./cm2 e para spinetoram a DL99 de 0,97 µg i.a./cm2. Todas as 17 populações de H. armigera monitoradas apresentaram alta suscetibilidade tanto para spinosad quanto para spinetoram. Os valores de sobrevivência larval nas doses diagnósticas variaram de 0,0 a 3,9% para spinosad e de 0,0 a 2,0% para spinetoram. A linhagem resistente a spinosad (Spin-R) foi selecionada a partir de uma população de campo coletada em Juscimeira, Mato Grosso, na segunda safra de 2017. Após doze gerações sob pressão de seleção com spinosad, a linhagem resistente apresentou uma razão de resistência de 27 vezes, baseado na DL50 (95% IC) da linhagem Spin-R de 3,24 (2,80 - 3,74) µg i.a/cm2 e da linhagem suscetível (Sus) de 0,12 (0,08 - 0,16) µg i.a/cm2. Cruzamentos recíprocos entre as linhagens Sus e Spin-R mostrou que a resistência de H. armigera a spinosad é autossômica e incompletamente dominante. Por meio dos retrocruzamentos entre os indivíduos heterozigotos com a linhagem Sus revelou que a resistência é poligênica. Além disso, Spin-R apresentou resistência cruzada para o inseticida spinetoram (RR = 12 vezes). Neste contexto, apesar da alta suscetibilidade de H. armigera a inseticidas espinosinas em populações monitoradas nas safras de 2017 a 2019, o risco de evolução da resistência pode ser considerado alto em populações de H. armigera a estes inseticidas em condições de campo, pois confirmou-se a presença de alelos que conferem resistência com caráter dominante para spinosad. Portanto, estratégias de manejo da resistência devem ser implementadas para preservar a vida útil de inseticidas espinosinas no controle de H. armigera no Brasil.
  • DOI: 10.11606/D.11.2019.tde-13122019-105723
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
  • Data de criação/publicação: 2019-10-30
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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