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Efeitos dos ciclos de iluminação e de marés na ritmicidade da atividade locomotora de Bathygobius soporator (Valenciennes,1837) (Teleostei: Perciformes: Gobiidae)

Nomura, Mariene Mitie

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Biociências 2008-06-04

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Efeitos dos ciclos de iluminação e de marés na ritmicidade da atividade locomotora de Bathygobius soporator (Valenciennes,1837) (Teleostei: Perciformes: Gobiidae)
  • Autor: Nomura, Mariene Mitie
  • Orientador: Trajano, Eleonora
  • Assuntos: Cronobiologia; Peixes Gobiidae; Ritmo Circa-Maré; Ritmo Circadiano; Chronobiology; Circadian Rhythm; Circatidal Rhythm; Gobiidae Fish
  • Notas: Tese (Doutorado) apresentada ao Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, para a obtenção de título de Doutor em Ciências, na área de Zoologia
    Tese (Doutorado)
  • Descrição: Muitos trabalhos sobre comportamento consideram que os ritmos observados são simplesmente uma resposta aos estímulos ambientais. No entanto, desde o século XVIII, sabe-se que a temporização é real e muitos organismos exibem ritmos endógenos que são arrastados por zeitgebers ou \"doadores de tempo\". Para a grande maioria dos seres vivos, o principal zeitgeber é o ciclo claro/escuro (CE). No entanto, para os organismos das zonas entremarés, o ciclo das marés é tão importante quanto o ciclo de luz. A maré e seus componentes agindo como zeitgeber têm sido estudados com invertebrados e pouca atenção tem sido dada aos peixes que vivem nas zonas entremarés. Uma das espécies mais comuns destes ambientes é o Bathygobius soporator, conhecido como amborê, e o presente trabalho teve como objetivo verificar a presença de ritmicidade em sua atividade locomotora, avaliando as contribuições endógenas e exógenas dos ciclos de luminosidade, da variação da coluna d\'água e da turbulência da água sobre este ritmo. Para isso, os amborês foram mantidos em aquários individuais onde as condições abióticas puderam ser controladas de acordo com os experimentos em andamento. A atividade locomotora foi registrada com câmeras de segurança e fontes de luz infravermelha acopladas a um vídeo \"time-lapse\" que fez o registro de um quadro a cada trinta segundos. As distâncias percorridas a cada trinta segundos foram categorizadas em quatro classes discretas, e esses valores foram agrupados a cada trinta minutos, compondo 48 pontos a cada 24 horas. A análise das séries temporais foi feita através do programa \"El Temps\" que gerou actogramas e periodogramas de Lomb-Scargle, que permitem identificar ritmos com períodos significativos. Diante dos resultados obtidos, pôde-se concluir que o ciclo CE e de variação na coluna d\'água são zeitgebers, enquanto a turbulência é um agente mascarador para a ritmicidade locomotora dos amborês. Concluiu-se, também, que os relógios biológicos nos amborês não são rígidos e possuem acoplamento extremamente frágil, gerando uma alta plasticidade na expressão dos ritmos endógenos e exógenos, o que está de acordo com o modo de vida dos amborês observados no ambiente natural.
  • DOI: 10.11606/T.41.2008.tde-23072008-155105
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Biociências
  • Data de criação/publicação: 2008-06-04
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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