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Avaliação de mutações na proteína F do Vírus Respiratório Sincicial Humano (HRSV) com potencial resistência nos epítopos de Ligação do Palivizumabe (PZV) em crianças sem uso do PZV.

Silva, Uirajan José Da

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Ciências Biomédicas 2019-02-08

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Avaliação de mutações na proteína F do Vírus Respiratório Sincicial Humano (HRSV) com potencial resistência nos epítopos de Ligação do Palivizumabe (PZV) em crianças sem uso do PZV.
  • Autor: Silva, Uirajan José Da
  • Orientador: Durigon, Edison Luiz
  • Assuntos: Glicoproteína F; Hrsv; Marm; Palivizumabe; F Glycoprotein; Palivizumab
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: O Vírus Sincicial Respiratório Humano (HRSV) é uma das principais causas de mortes entre crianças e lactentes hospitalizadas com infecção respiratória aguda no mundo. O HRSV é um vírus (-) ssRNA não-segmentado pertencente á família Pneu-moviridae e ao gênero Orthopneumovírus, sendo primeiramente descrito em 1956 no Instituto Walter Reed Army nos EUA. O presente estudo foi conduzido em amostras de aspirado nasofaríngeo cole-tadas de crianças de até 2 anos de idade internadas no Hospital da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e traz uma análise retrospectiva evolutiva da proteína de Fusão do HRSV, enfatizando a região do sítio de atuação do palivizumabe que é atu-almente o único agente profilático disponível para a infecção ocasionada por este ví-rus. Mutações dentro do sítio A já foram descritas como responsáveis pelo surgimento de estirpes resistentes ao palivizumabe, então estudos no monitoramento do surgi-mento de possíveis mutantes de escape para este mAB, bem como o padrão de dis-tribuição desta mutação entre as populações virais é de extrema importância. Desta forma foram realizadas análises da frequência de mutações da proteína F no Banco de dados do NCBI a qual mostrou a crescente distribuição da mutação N276S (que foi uma mutação primeiramente descrita em 2010) ao longo dos anos nas sequências do GenBank. A mutação possivelmente foi fixada no subtipo A, e, embora também ocorra a mutação na mesma posição para o subtipo B (S276N), esta última ocorre com uma frequência extremamente baixa. A genotipagem evidenciou uma co-circula-ção entre os dois subtipos de HRSV nas 3 estações sazonais. No ano de 2008 o subtipo A prevaleceu, enquanto que no ano de 2009 (ano em que foi inserida a muta-ção N276S no genótipo NA1) o subtipo B prevaleceu. No ano de 2010 observou-se um maior equilíbrio na presença dos subtipos e a mutação permanece no genótipo NA1 no último ano estudado. Dentre os subtipos foram identificados 3 genótipos para HRSVA, GA2, GA5, NA1, e 3 genótipos para HRSVB, BA9, BA10, GB13. Dentro do sítio II a média de similaridade entre as sequências foi de 96% ao nível nucleotidico e 100 % ao nível de aminoácido, demonstrando o alto padrão de conservação na região de atuação do palivizumabe sendo que foram detectados 33 sítios polimórficos neu-tros e 3 não-neutros entre os dois subtipos, sem a presença de indels. As predições de pressão seletiva realizadas nas sequências da Santa casa mostraram sítios com possíveis eventos de seleção purificadora em HRSVA e HRSVB. A análise não mostrou evento de seleção dentro da região de atuação do palivizumabe para os dois subtipos. A taxa dN/dS para o subtipo A foi de 0.0305 e para o subtipo B foi de 0.0558, ou seja, ambas as ferramentas predizeram eventos de pressão seletiva negativa nos dois subtipos. A predição dos possíveis efeitos funcionais das mutações no sítio A e aminoá-cidos vizinhos, mostrou que existem regiões na qual alterações de aminoácidos teriam efeito neutro, como nos sítios 254-256. Apresentando efeitos razoavelmente toleráveis podem-se destacar os sítios 259,267,270 e 275. Já entre os sítios no qual mutações teriam os maiores efeitos na função proteica pode-se destacar o sítio 263. As predi-ções para analisar os possíveis efeitos estruturais retornaram em sua maioria valores pouco consideráveis, com relação à mutações que resultariam em aumento da esta-bilidade proteica. Com relação a um possível aumento da estabilidade da proteína de fusão do HRSV do subtipo A, vale destacar a mutação S275L com um valor de G bastante considerável. Por outro lado, esta predição mostrou que as mutações dentro do sítio A podem ocasionar muitas reduções consideráveis na estabilidade proteica, como nas mutações I226M/V e K272T. Para a proteína de fusão do subtipo B, além da mutação S275L que ocasiona um aumento da estabilidade proteica, encontramos opostamente a isso a mutação L273F que reduz consideravelmente a estabilidade da mesma. As mutações na posição 276 não demonstraram influenciar estruturalmente a proteína F. No presente estudo podemos verificar pela primeira vez no Brasil a introdução da mutação N276S na população de HRSV do subtipo A nas amostras da Santa Casa de Misericórdia no ano de 2009 e sua manutenção no ano seguinte.
  • DOI: 10.11606/D.42.2019.tde-08122021-153748
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Ciências Biomédicas
  • Data de criação/publicação: 2019-02-08
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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