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Identidade tirolesa em Santa Olímpia (Piracicaba/SP): festas, tradições e memória.

Correr, André Bortolazzo

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Artes, Ciências e Humanidades 2013-11-26

Acesso online

  • Título:
    Identidade tirolesa em Santa Olímpia (Piracicaba/SP): festas, tradições e memória.
  • Autor: Correr, André Bortolazzo
  • Orientador: Magalhães, Valéria Barbosa de
  • Assuntos: Festa; Tiroleses; História Oral; Identidade; Imigração; Memória; Oral History; Memory; Immigration; Identity; Festivities; Tyrolean
  • Descrição: Este trabalho consiste de uma análise das festas e tradições dos descendentes de tiroleses do bairro de Santa Olímpia, em Piracicaba, interior de São Paulo, buscando entender seu papel na construção da identidade tirolesa em Piracicaba, por meio da história oral, da memória e da observação participante. De modo concreto, no recorte de pesquisa, cinco festas foram escolhidas: a de Nossa Senhora, em maio; a da Cuccagna, no Carnaval; a da Polenta, em julho; a da Imigração, em Novembro; e o Mercadín, em dezembro. Elas são objeto de estudo porque representam, em certa medida, a construção identitária do ser tirolês em Santa Olímpia. Para a compreensão da temática, além da participação nas festas, quinze descendentes foram entrevistados, a partir da lógica das redes de entrevistas. A base teórica utilizou-se das temáticas da imigração, das festas e da identidade, em uma análise crítica do processo migratório do grupo em questão, que se utiliza dos festejos para construir uma identidade tirolesa que nunca existiu, mas se faz presente nesse imaginário coletivo criado no bairro ao longo desses 120 anos de existência. Todo esse processo encontra na religiosidade uma forma de garantir certo controle e manutenção dos costumes da comunidade, em especial, por meio do poder que a igreja católica vem mantendo no bairro e na sociedade ao longo dos séculos. Como conclusões, tem-se que a imigração foi um dos incentivos para a formação de um país com diversas identidades e, ao mesmo tempo, garantiu a vocação agrária do país, até hoje discutida nas esferas macroeconômicas. Não há uma identidade tirolesa real, trazida pelos imigrantes e mantida ao longo do tempo, uma vez que esta foi sofrendo influências tanto do Brasil, quanto de outras nacionalidades, sendo que a cultura italiana é significativamente reivindicada pelos moradores de Santa Olímpia nesse contexto do ser tirolês. Essa identidade, permeada por uma italianidade e uma religiosidade fortíssimas, é uma construção recente, com finalidades específicas de autoafirmação, incentivo ao turismo e visando a coesão do grupo. As festas, por meio de seus mais diversos elementos, aqui analisados detalhadamente, são a principal forma de se perpetuar essa identidade idealizada e fortalecer as reivindicações de descendência e pertencimento a essa categoria cultural.
  • DOI: 10.11606/D.100.2013.tde-22042014-190812
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Artes, Ciências e Humanidades
  • Data de criação/publicação: 2013-11-26
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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